Tinha
cinco ou seis anos de idade e morava na casa do meu avô materno. Foi lá que,
pela primeira vez, ouvi alguém falar sobre Chapada dos Guimarães.
Lembro-me
perfeitamente quando alguém disse que a única solução existente para salvar a
vida do irmão do meu avô, seria arrumar uma casa para que ele fosse morar
em Chapada dos Guimarães.
Não
entendi patavina do que se tratava, e memorizei a conversa.
Servido
o chá com bolo aos visitantes, o papo continuou ameno.
Todos
falavam maravilhas da cidadezinha serrana a oitocentos metros do nível do mar.
Entre
as maravilhas citadas, o meu avô falou por minutos sobre as flores da região e
fez referências sobre as belezas das hortênsias.
É
uma linda flor, de folhas enormes, cuja coloração predileta para ele era a
violeta. Mas tinha também a coloração azul, lilás, rosa, vermelho e branco.
É
enganadora, pois a sua flor é uma bolinha que fica no fundo das suas belas folhas.
São
tão lindas as hortênsias da Chapada!
Ela
sabe que é bela, e o belo não exige sacrifícios.
É
uma planta praticamente nativa da região, embora tenha as suas origens na Ásia.
São
encontradas em todo o mundo e gostam do clima temperado e frio.
Aqui,
além da sua beleza natural, ela é apreciada, também, porque cura todos os
nossos males.
As
hortênsias da Chapada são a própria paz.
Bendita
serra das flores e dos sonhos!
Alimento
da alma e felicidade por nada.
Se
nada, não fosse o paraíso, que é a Chapada das hortênsias.
Gabriel
Novis Neves
08-04-2012
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