É
comum as pessoas confundirem João Germano com gênero humano, alhos com bugalhos
ou bife ali na mesa com bife à milanesa.
Agora,
confundir quinta feira com dia cinco é demais! Isso aconteceu comigo e me
causou grande intranquilidade. Depois me certifiquei que cinco de maio cairia
em um sábado.
Houve
tempo de escrever um pequeno texto lembrando o aniversário de nascimento do único
herói mato-grossense reconhecido internacionalmente.
Não
sou de escrever sobre efemérides, mas a de Rondon é exercício de cidadania.
Este
mimoseano, tão desconhecido na sua terra, não foi só o construtor de linhas
telegráficas em fins do século IXX, mas também um dos maiores pacifista
desenvolvimentista do mundo.
Em
1890, Rondon colocou uma placa na linha que levava até o Araguaia, dizendo que,
aquele que perseguisse um índio bororo, seria perseguido pelo exército
brasileiro. Na mesma ocasião o exército americano massacrava os seus índios.
Rondon
inspecionou cerca de 17.000 km de fronteiras após construir a linha telegráfica
de Mato Grosso ao Amazonas.
O
esquecimento de Rondon em seu Estado natal tem efeito negativo maior do que o
roubo do dinheiro público, feito através das mais diferentes trapaças.
Infelizmente,
confundimos, e fazemos questão de não entender, a diferença entre progresso e
desenvolvimento, razão de todo o nosso atraso social, em um Estado rico
economicamente.
Cuiabá
está virando cidade dormitório, e em todo o nosso território presenciamos lutas
de minorias contra os poderosos que se apossaram da terra de Rondon.
Neste
cinco de maio a grande homenagem prestada ao nosso Rondon foi a ausência
daqueles que tem como obrigação zelar pela nossa história.
Mato
Grosso é hoje um Estado para poucos.
Os
nossos estadistas estão no Cemitério da Piedade.
O
resto é muita confusão.
Gabriel
Novis Neves
07-05-2012
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