segunda-feira, 7 de maio de 2012

Lixão


Lixão é um local para depósito final dos resíduos sólidos, tanto domiciliares quanto comerciais, e que não serve a mais ninguém.
Mesmo assim, milhares de seres humanos perambulam por esses lugares atrás de comida e de alguma coisa que possa ser encontrada para ser vendida.
O lixão é o templo da desumanidade de uma cidade, onde mulheres, homens, crianças e velhos se misturam aos despejos de uma cruel sociedade.
Consultei o Google para saber se não há uma fonte de recursos do governo para acabar com essa humilhação.
Fiquei sabendo que este país possui ministérios e secretarias especiais, com status de ministérios, em número de trinta e quatro.
Saber o nome dos seus ocupantes? Nem a presidente sabe, e muito menos o povão.
Neste governo já houve ministros que foram demitidos, sem nunca ter tido uma audiência sequer com a presidente.
Se não criaram, nas últimas horas, mais um desses cabides de emprego para atender a base de sustentação do governo ou zelar pelas águas da cachoeira, somos campeões mundiais de ministérios e de leis que não são cumpridas.
O mundo moderno não entende esse modelo de governo adotado no Brasil.
Diz ser de esquerda, mas é o mais imperial dos reinados, com todos os prazeres a que uma monarquia tem direito.
Para deleite dos leitores, e pensando nos brasileiros que vivem em lixões, citarei alguns dos trinta e quatro desnecessários ministérios: do Desenvolvimento e Combate à Fome; da Pesca e Aquicultura; dos Direitos Humanos; de Políticas para as Mulheres, de Políticas de Promoção e da Igualdade Social.
Esses cinco ministérios ignoram a fome dos habitantes dos lixões. Se o da Pesca não fornece proteínas dos rios e mares aos abandonados famintos dos lixões, se trabalhar e viver no lixão não fere os Direitos Humanos de uma nação - que política de promoção social e igualdade social é praticada por esse governo? E é triste saber que temos um ministério só para combater a fome.
Diante de tão grave problema social envolvendo vários ministérios, seria oportuno uma reformulação nesse caríssimo organograma. Por exemplo: os básicos, que qualquer nação civilizada possui, e a eliminação dos ministérios cachoeiras, pela substituição do Ministério do Lixão.
Teremos um quadro de ministros em que, pelo menos, a presidente saberá o nome deles e o que fazem.
A economia para o país seria altíssima, e mais um bueiro de corrupção seria fechado.
Seríamos exemplo para o mundo. Cuidar do morador do lixão é, antes de tudo, um ato de amor ao próximo.

Gabriel Novis Neves
26-04-2012

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