Bastou
a revista inglesa The Economist
decidir que não iria mais publicar nenhum número oficial fornecido pelas
autoridades econômicas da Argentina, para que o excelente jornalista J.R.Guzzo
comentasse sobre números na revista Veja.
Aqui
em Cuiabá, existe um site que não tem anunciantes oficiais, porque sempre se
negou a reproduzir os informes publicitários prenhes de números e os releses oficiais.
Por
sorte do governo ninguém lê esse site.
Não
dá para acreditar nos números oficiais. Essa mentira foi incorporada à nossa
cultura política, onde o feio é perder eleição.
Os
governos, de um modo geral, são useiros e vezeiros em espalhar mentiras a
respeito da nossa situação, especialmente a que envolve economia.
Na
parte social tentam encobrir o sol com a peneira ou dourar a pílula do
fracasso, mas é difícil. O máximo que conseguem é dizer, com um sorriso
amarelo, que estão estudando o caso – coisa que ninguém acredita.
Quando
alguém assume um cargo público de relevância, presume-se que esteja preparado
para o exercício do mesmo.
Imaginem
um médico com a barriga de um paciente aberta no centro cirúrgico e ele dizendo
à família que irá estudar o problema. A situação é mais ou menos como esta.
A
falta de credibilidade dos órgãos públicos é tamanha, que uma empresa
jornalística para informar o pacote de números que chega às redações, só com o
invólucro de Informe Publicitário, muito bem cotado no comércio do engodo.
Só
assim o veículo de comunicação de massa não perde totalmente a sua credibilidade
com relação ao conteúdo da matéria, e o leitor sabe que está lendo uma matéria
que foi paga para ser divulgada.
Um
turista desavisado que estiver descansando em um quarto de hotel, será tão
bombardeado pelos anúncios pagos pelo governo, que chegará a se surpreender com
tantos avanços que conseguimos nos últimos meses.
Alterações
que antigos moradores notaram na velha capital nesses últimos anos, foi a
caiação de algumas igrejas, com auxílio ou parceria - como o pessoal do governo
gosta de se referir a esse racha de gastos.
Alguns
prédios públicos situados em lugares de grande visibilidade também foram
caiados.
Os
reparicos feitos pelos governos anteriores não existem mais.
Na
realidade, estamos cheios de mágicos, transformistas e maquiadores de números oficiais
- referente à economia de muitos países.
No
caso citado foi a Argentina, mas a carapuça serve para qualquer um dos seus
irmãos do continente sul americano.
Somos
“hermanos” e estamos no mesmo barco furado do MERCOSUL.
O
caos está implantado, e coragem para tomar medidas adotadas pelos tigres
asiáticos por estas bandas, nem pensar.
Temos
tradição de jogar as nossas sujeiras para debaixo dos tapetes e empurrar os
grandes problemas com o nosso próprio umbigo.
Se
a The Economist falou que nossos vizinhos da terra do tango não usam a verdade
quando publicam os números da sua economia, então podemos falar que a
credibilidade internacional acha que esses dados funcionam como o conto do
vigário.
Para
recuperar a sua credibilidade, o aceite por estas bandas tem que vir de fora.
É
assim que funciona as coisas públicas, por lá e por aqui.
Gabriel
Novis Neves
09-04-3012
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