O
Programa Saúde da Família (PSF) se funcionasse como foi planejado, seria o
ponto de partida para a cruzada da guerra contra as drogas.
Infelizmente,
na maioria das suas equipes, não se considera o perfil profissional dos seus
integrantes, e, sim, as indicações políticas.
Essa
constatação não precisa ser feita por nenhuma empresa de pesquisa – basta
somente uma visita a essas unidades de saúde.
É
triste, mas é isso que acontece com o silêncio da sociedade despreparada para
causas sociais.
“Ninguém
sabe como se aproximar de um usuário de crack, ou de outras drogas, e nem com
suas famílias.”
Políticas
nacionais sobre drogas existem há anos no Brasil, mas, como sempre não são
cumpridas, fica por isso mesmo.
O
processo de recuperação do dependente químico inicia-se exatamente nas Unidades
do Programa Saúde da Família.
A
Universidade Federal de Mato Grosso acaba de preparar profissionais para as equipes
multidisciplinares, que realizarão seus trabalhos nas comunidades, se o governo
não lotear as equipes com os seus cabos eleitorais.
O
grande problema não é “apenas o de curar a doença, mas sim, preveni-la e
promover a saúde. Ou seja, compreende-se a saúde de uma maneira ampla.”
Essas
equipes da Saúde da Família são compostas por um médico, uma enfermeira, um
técnico em enfermagem e seis agentes comunitários de saúde, que são,
impreterivelmente, moradores da comunidade em que trabalham.
Cada
agente comunitário de saúde acompanha em torno de cento e sessenta famílias.
“Isto
possibilita que os profissionais possam acompanhar rotineiramente suas famílias
cadastradas. Cada equipe atende de 3.500 a 4.000 habitantes.”
Para
que isso acontecesse em Cuiabá, precisaríamos de 150 equipes com esse perfil.
Na
situação atual é bobagem dizer que Mato Grosso está engajado no programa
prioritário nacional de combate às drogas, e a população tem que saber da nossa
realidade de extrema vulnerabilidade à doença do século.
Em
compensação, todos os esforços financeiros do falido Tesouro do Estado, estão
sendo utilizados para construir um campo de futebol.
Questão
de opção. Ficamos com o circo. Continuamos a perder a nossa maior riqueza, que
são as nossas crianças, para as drogas ilícitas.
Gabriel
Novis Neves
16-05-2012
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