sexta-feira, 11 de maio de 2012

Um bom negócio


Atualmente quase todos os políticos mato-grossenses possuem aviões comerciais. Está instituído no Estado o transporte@gov.com.
É um magnífico negócio. Nos deslocamentos por este imenso território, nossos representantes utilizam suas aeronaves para ouvir a população em suas carências e fiscalizar as obras que conseguiram através das emendas parlamentares em um avião novo com equipe treinada e paga com o nosso dinheiro.
Há muitos anos um mandatário deste Estado, cuja educação é sofrível, saúde sucateada, segurança pública inexistente, alugou seu próprio avião para os deslocamentos dentro e fora do Estado, sempre a serviço da nossa população.
Claro, que o pagador de impostos foi, mais uma vez, acionado para dar cobertura financeira a este tipo de trabalho.
Impressiona a frota de aviões pertencente a nossos políticos, que nas horas vagas presta serviço a órgãos do governo e particulares.
Qual o empresário que não gostaria de alugar o avião de uma autoridade, sabendo da lei que “uma mão lava a outra”?
Quando proclamaram a República, o meio de transporte oficial eram os cavalos do batalhão da Cavalaria do Exército Brasileiro. A República foi tão desmoralizada no Brasil que já se pensou em outras formas de governo, até agora sem sucesso.
Monarquia não, pois não devemos repetir um fracasso de administração cujo legado maior foi o baile da Ilha Fiscal.
O comunismo não vingou, pois os comunistas se mataram entre si, assim como os integralistas.
Experimentamos ditaduras civis e militares e os resultados não foram expressivos.
Resta-nos entregar este país a essa forma emergente de poder que são os gestores do crime organizado ou dos defensores da fé que cura.
Pelo menos com essa gente resolveríamos o  problema da propina, superfaturamento e seus congêneres.
Resolveríamos, também, o grave problema da saúde pública com as curas sem despesas tecnológicas da medicina atual.
A República atual, o que deixaria como legado? Suspeitas de falta de decoro parlamentar, desrespeito ao próximo e com a coisa pública.
A que ponto nós chegamos!

Gabriel Novis Neves
28-03-2012

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