A
Universidade Federal de Mato Grosso realizará do dia 23 a 25 de maio um
Simpósio sobre o Enfrentamento do Crack e Outras Drogas: Desastres e Desafios.
A
importância desse evento extravasa as nossas fronteiras, já que o assunto é
mundial.
A
chamada “guerra às drogas”, exclusivamente repressiva, falhou.
Tanto
os profissionais da saúde quanto a sociedade têm que estar preparados para a
difícil missão de diferenciar usuários de traficantes de drogas, e como
abordá-los.
O
usuário deve ser tratado como uma questão de saúde e assistência pública. É o
que recomenda a Comissão Brasileira sobre Drogas e Democracia (CBDD).
Deve
ficar bem claro que a postura da Comissão de forma alguma se confunde com
tolerância em relação à violência ligada ao traficante ou ao tráfico
internacional de drogas, que deve ser punido com severidade, esclarece Paulo
Gadelha presidente da CBDD e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A
Fiocruz apresenta bons exemplos nos quesitos da AIDS e do tabagismo: “Isso
porque não tratamos esses temas como tabu. Falamos abertamente, lidando com
sexo, moral e religião e conseguimos informar e conscientizar a população dos
riscos e prejuízos”.
Em
relação ao crack, que assusta os brasileiros por sua rápida disseminação e
capacidade de gerar danos, Gadelha lembrou que o enfrentamento dessa droga é
uma prioridade do governo federal.
Rubem
César Fernandes, diretor-executivo do Viva Rio insiste que “o problema da
polícia é o bandido. Já o consumo de drogas como o álcool, o cigarro, a maconha
ou o terrível crack, é um problema que tem que ser resolvido pela assistência
em saúde, com acolhimento e tratamento”.
A
nossa universidade, com a coordenação da Profª. Dra. Delma P.O. de Souza, do
Prof. Dr. Naldson Ramos da Costa, da Profª. Dra. Samira R. Marcon e da
jornalista Santíssima de Lima, realizou um trabalho belíssimo de formação de
recursos humanos para enfrentar essa verdadeira guerra que é a droga.
Cabe
agora aos governos decisão política de colocar em prática o que é prioridade
nacional.
Aproveitar
as equipes multidisciplinares que foram treinadas e oferecer condições de
trabalho a esses especialistas.
No
momento não temos nada que nos assegure que esse treinamento não foi mais um
que ficou perdido por falta de visão dos nossos administradores.
A
proposta do Simpósio é a de levar esta discussão para as escolas, igrejas,
mídias, unidades de saúde e, principalmente, para dentro de casa com os nossos
filhos.
As
informações científicas facilitam a encontrar alternativas corretas.
As
redes sociais, o Executivo, Legislativo, Judiciário e os órgãos da imprensa
devem estimular este debate.
Estamos
perdendo a guerra para as drogas. Estamos perdendo a nossa juventude.
Gabriel
Novis Neves
14-05-2012
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