Um
país que não consegue administrar os seus aeroportos será que tem condições de
gerenciar com eficiência projetos mais complexos como os da educação, da saúde
e da segurança da sua população?
Não
faço parte dos pessimistas e tampouco torcedor do quanto pior, melhor.
Agora,
que é preocupante constatar isso, é.
O
governo justifica a sua decisão dizendo que o sistema aeroportuário, sempre
tocado por eles, chegou à exaustão.
Na
iniciativa privada, exaustão é falência.
O
governo brasileiro faliu os nossos aeroportos, construídos com o nosso
dinheiro, e a solução foi entregar a sua gestão a quem tem competência e está
fora da onerosa máquina administrativa chapa branca.
O
grupo de empresários que ficou com os três mais importantes
aeroportos Guarulhos em São Paulo, Viracopos em Campinas (SP), além de
Brasília, estão felizes.
Dizem
que fizeram um negócio da China com o incompetente governo e vão ganhar muito
dinheiro.
Grande
parte dos recursos a serem investidos na modernização e ampliação dos
aeroportos adquiridos, virá de recursos do próprio governo, que serão pagos em
suaves e longínquas prestações.
Os
empresários esperam dos consórcios a obtenção de lucros motivadores para se
habilitarem a compra dos outros importantes aeroportos brasileiros.
O
governo está apavorado com a chegada da Copa do Mundo, e a falta, ou a
vergonhosa situação dos nossos aeroportos, é um verdadeiro cartão negativo de
visitas aos turistas do mundo todo.
Cada
vez que me lembro da história do nosso aeroporto, chamado de internacional e de
bi-citadino, eu fico com a certeza que ele não iria prestar - como diria o
jornalista Marcos Antonio Moreira.
Feito
às pressas, sem planejamento, tendo na cabeceira da sua pista o único acidente
geográfico elevado do pantanal (Morro de Santo Antonio), analiso o poder
construtor de um distúrbio gastrointestinal em uma primeira dama, jovem e
bonita do Brasil.
A
ampliação do aeroporto da diarréia é chamada, humoristicamente pelos velhos
cuiabanos conhecedores da história, de puxadinho - local onde, bem antigamente,
eram construídos os sanitários dos casarões cuiabanos.
Um
pouco de história é sempre importante para ajudar na compreensão das gerações
mais novas.
Será
que um país que tem uma das principais economias do mundo e que foi várias
vezes campeão do mundo na produção de alimentos e do futebol, não tem
capacidade de administrar aeroportos bem inferiores aos melhores do mundo?
É
um absurdo o que acontece por aqui, onde, até o petróleo da camada do pré-sal,
será explorada por particulares.
Uma
ONG bem que poderia administrar o Brasil.
É
a nossa triste realidade - produtora de tanta descrença nos jovens.
Gabriel
Novis Neves
27-02-2012
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