sábado, 7 de abril de 2012

Ajoelhou, tem que rezar!


A choradeira por aqui, com fins políticos, é intensa. Toda ela para justificar o nada que o governo realizou, até agora, em benefício da população.
“Mato Grosso, no ano passado, destinou cerca de R$ 1 bilhão para quitação dos débitos com a União” - lamenta o governador.
Os nossos dirigentes pensavam que podiam fazer com a União o que praticam há anos com os fornecedores do Estado e, principalmente, com os prestadores de serviços essenciais - como médicos e hospitais.
Quem deve tem que pagar, ou, ajoelhou tem que rezar - é a lei para quem deve.
Aqui, o rolo compressor oficial de controle dos meios de comunicação, esconde aquilo que foi sacrificado com a corrupção.
A população sente a ausência das obras essenciais, que são destinadas à melhoria da qualidade de vida.
Nunca entendi porque um governo, que diz que recebeu uma herança maldita, com o Tesouro vazio, dívidas que invibializaram o seu desenvolvimento, serviços básicos como saúde, educação, segurança e infraestrutura sucateados, banca, sem apoio do governo Federal e empresarial, uma Copa do Mundo. 
Com o tempo passando e o dinheiro prometido de Brasília não chegando, o Estado, financeiramente, encontra-se no fundo do poço, sem prognóstico a curto e médio prazo para realizar as obras, chamadas de estruturantes, para um evento da grandiosidade de uma Copa do Mundo.
O fiasco da nossa cidade não está excluído dos planos estratégicos da FIFA.
Há riscos evidentes, a não ser que os nossos governantes sigam a receita do francês da FIFA e dê um chute no traseiro dos cronogramas das obras atrasadas, injetando altas doses de dinheiro federal.
Ninguém por aqui pensa mais em legado de obras como o VLT, cujo empréstimo na Caixa Econômica Federal empacou por ordem do Tesouro Nacional.
Estamos, simplesmente, inadimplentes com a União.
A presidente jogou um balde de água fria nas pretensões dos governadores que pleiteavam recursos federais para realizar as suas obras de campanha.
A ordem presidencial foi arrumar um bom campo de futebol, que é a única obra essencial pra a Copa, e apelar para puxadinhos, atalhos e improvisações. 
Existe um ditado muito empregado entre nós, quando se perde a esperança, que diz: “Quem bejô, bejô, quem não bejô, não bêja mais. Pode fechar o caixão”.
O nosso Estado está indo para o cemitério, motivado pela falência múltipla dos órgãos governamentais.

Gabriel Novis Neves
23-03-2012

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