Parece
até que temos um batalhão de congressistas em Brasília disposto a brigar com o
governo federal em defesa dos interesses dos mato-grossenses. É tanto barulho!
Tanta bravata!
Só
os votos do Tiririca levariam ao Congresso Nacional metade da representação do nosso
Estado. Essa bravura toda é só para ocupar espaços na mídia.
Dizem
que os nossos bravos representantes pelam de medo da presidente da República,
que não é nenhuma flor que se cheire.
Ainda
mais agora que existe um “protocolo”! Para uma audiência com a mandatária
suprema desta nação, é feita uma síntese da folha corrida do parlamentar – digo
– currículo – para que a presidente tome conhecimento do perfil do pedinte. Aí
então, a inibição para as reinvidicações é máxima.
O
importante é a foto protocolar, que é legendada por cada interessado e
distribuída aos meios de comunicação.
Os
últimos pedidos dos nossos aguerridos políticos, só poderão ser atendidos se a
presidente utilizar a lei do “jeitinho”.
Cito
alguns: recursos perdidos de exercícios anteriores, empréstimos bancários em
instituições financeiras federais - onde há anos estamos inadimplentes -,
financiamento para obras não essenciais, suporte para pagamento de convênios
com instituições rejeitadas pela justiça e, o mais importante, a retomada de um
ministério importante que atenda interesses pessoais dos nossos legítimos
representantes.
Verdade
seja dita: o político está na sua poltrona porque nós votamos nele. Ninguém
entra de penetra na Casa das Leis.
Existem
artifícios da lei do “jeitinho”, que infestam, especialmente, o Senado Federal.
Lá tem gente que não teve um voto sequer. São os mistérios dessa engenharia
política, cada vez mais incompreensível pela sua total ausência de ética.
É
difícil, com poucos votos no Congresso, carrear recursos para o nosso
inexpressivo Estado político.
Se
tivéssemos a força política dos defensores da transposição das águas do Rio São
Francisco, só com o desperdício de mais de quatro bilhões de reais nos últimos
dois anos, estaríamos com os nossos principais problemas resolvidos.
O
custo político da última eleição presidencial, praticamente invibializou o PAC
I e PAC II.
Mundos
e fundos foram prometidos para o desenvolvimento do nosso Estado: ferrovias, aeroportos,
duplicação dos principais eixos rodoviários - com asfaltamento de toda a malha
viária do Estado. E o que recebemos foi um belo pontapé no traseiro.
O
pior é que nossos representantes, de joelhos, agradeceram a sábia decisão
presidencial de paralisar as obras e análises dos projetos por suspeitas de
vícios não republicanos.
Coisa
assim em torno de dez anos, para nova licitação - se os ventos estiverem
favoráveis.
E
o nosso governo montou uma superestrutura na Capital Federal para pedir
dinheiro de mãos abanando, sem projetos e documentação exigida por lei.
A
procissão da pedição é semanal, e como o dinheiro não vem, a culpa da vez, ou é
da Geni, ou é da burocracia.
Jogam
todas as mazelas na tal burocracia! E sabemos que o problema primordial não é
esse.
Ainda
acham que a gente desta terra acredita nessa briga. Logo nós que produzimos
tantas riquezas para o Brasil – e o governo Federal rapa quase tudo para
Brasília.
E
o Congresso Nacional? Imobilizado. Parece até que foi atacado por flecha
contendo curare, não ergue uma palha para as velhas propostas de reformas,
especialmente a tributária.
O
caos está implantado, com previsões pessimistas. E os nossos representantes querendo
que acreditemos em briga, logo com a presidente.
Ah!
Dá licença!
Gabriel
Novis Neves
24-03-2012
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