sábado, 7 de abril de 2012

Bancada vai brigar


Parece até que temos um batalhão de congressistas em Brasília disposto a brigar com o governo federal em defesa dos interesses dos mato-grossenses. É tanto barulho! Tanta bravata!
Só os votos do Tiririca levariam ao Congresso Nacional metade da representação do nosso Estado. Essa bravura toda é só para ocupar espaços na mídia.
Dizem que os nossos bravos representantes pelam de medo da presidente da República, que não é nenhuma flor que se cheire.
Ainda mais agora que existe um “protocolo”! Para uma audiência com a mandatária suprema desta nação, é feita uma síntese da folha corrida do parlamentar – digo – currículo – para que a presidente tome conhecimento do perfil do pedinte. Aí então, a inibição para as reinvidicações é máxima.
O importante é a foto protocolar, que é legendada por cada interessado e distribuída aos meios de comunicação.
Os últimos pedidos dos nossos aguerridos políticos, só poderão ser atendidos se a presidente utilizar a lei do “jeitinho”.
Cito alguns: recursos perdidos de exercícios anteriores, empréstimos bancários em instituições financeiras federais - onde há anos estamos inadimplentes -, financiamento para obras não essenciais, suporte para pagamento de convênios com instituições rejeitadas pela justiça e, o mais importante, a retomada de um ministério importante que atenda interesses pessoais dos nossos legítimos representantes.
Verdade seja dita: o político está na sua poltrona porque nós votamos nele. Ninguém entra de penetra na Casa das Leis.
Existem artifícios da lei do “jeitinho”, que infestam, especialmente, o Senado Federal. Lá tem gente que não teve um voto sequer. São os mistérios dessa engenharia política, cada vez mais incompreensível pela sua total ausência de ética.
É difícil, com poucos votos no Congresso, carrear recursos para o nosso inexpressivo Estado político.
Se tivéssemos a força política dos defensores da transposição das águas do Rio São Francisco, só com o desperdício de mais de quatro bilhões de reais nos últimos dois anos, estaríamos com os nossos principais problemas resolvidos.
O custo político da última eleição presidencial, praticamente invibializou o PAC I e PAC II.
Mundos e fundos foram prometidos para o desenvolvimento do nosso Estado: ferrovias, aeroportos, duplicação dos principais eixos rodoviários - com asfaltamento de toda a malha viária do Estado. E o que recebemos foi um belo pontapé no traseiro.
O pior é que nossos representantes, de joelhos, agradeceram a sábia decisão presidencial de paralisar as obras e análises dos projetos por suspeitas de vícios não republicanos.
Coisa assim em torno de dez anos, para nova licitação - se os ventos estiverem favoráveis.
E o nosso governo montou uma superestrutura na Capital Federal para pedir dinheiro de mãos abanando, sem projetos e documentação exigida por lei.
A procissão da pedição é semanal, e como o dinheiro não vem, a culpa da vez, ou é da Geni, ou é da burocracia.
Jogam todas as mazelas na tal burocracia! E sabemos que o problema primordial não é esse.
Ainda acham que a gente desta terra acredita nessa briga. Logo nós que produzimos tantas riquezas para o Brasil – e o governo Federal rapa quase tudo para Brasília.
E o Congresso Nacional? Imobilizado. Parece até que foi atacado por flecha contendo curare, não ergue uma palha para as velhas propostas de reformas, especialmente a tributária.
O caos está implantado, com previsões pessimistas. E os nossos representantes querendo que acreditemos em briga, logo com a presidente.
Ah! Dá licença!

Gabriel Novis Neves
24-03-2012

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.