segunda-feira, 27 de maio de 2013

Vereadores

Até hoje não entendi o papel dos vereadores. Sei que ganham muito bem. Seus “trabalhos”, apenas os mais importantes, são divulgados pela mídia. Geralmente relacionados à ampliação das suas mordomias.
Gostaria de citar algumas leis aprovadas pela Câmara Municipal da cidade de São Paulo, a capital econômica da América do Sul, e a locomotiva do Brasil.
Os vereadores daquele município-país, já usufruem de todos os benefícios materiais que o cargo lhes oferece.
Salários acima do teto constitucional, auxílio-moradia, auxílio-transporte, diárias para visita aos bairros da cidade, um batalhão de funcionários - muitos ocultos - e até plano de saúde para o Hospital Sírio-Libanês.
Não contando com a não aplicação da Lei do Nepotismo, que é executada na maneira cruzada. É o toma-lá-dá-cá dos cargos comissionados, aqueles que não precisam de concurso público para exercer suas funções.
Com horas-extras de sessões noturnas, por excesso de trabalho, leis importantes são apresentadas, estudadas e aprovadas.
Algumas dessas centenas de leis, frutos de árduos trabalhos, merecem ser divulgadas pelo seu grande alcance social e humanitário.
O dono de um animal de estimação deve ser sepultado no mesmo túmulo com o seu animal. É lei em São Paulo.
Foi criado o Dia da Independência Corintiana (antes do jogo com o Boca da Argentina.)
Nomes de ruas, avenidas e logradouros públicos estão sendo designados por desconhecidos - parentes de vereadores e personagens folclóricos.
Brevemente em São Paulo, o “Bosque Certinhas do Lalau” (não confundir com o juiz).
Viaduto Tia Zulmira, outro personagem do Stanislaw Ponte Preta, o imortal Sérgio Porto.
Animais de estimações dos artistas famosos também receberão homenagens.
O cãozinho da Hebe Camargo, o gato da Ana Maria Braga e os bichinhos do Clodovil serão nome de ruas.
Tiririca, Cacareco, Ratinho, a moça da banheira do Gugu, com justiça, estarão nas placas de inaugurações das novas escolas.
Qualquer cantor, até então desconhecido do grande público, e sem nenhum sucesso fora dos seus guetos, após fatal overdose de substâncias químicas ilícitas, será transformado em herói com direito a monumentos.
Sinceramente, fica difícil de entender que esses fatos acontecem na capital de São Paulo.
E nas Câmaras Municipais do Brasil?
São mais de cinco mil “Casas de Leis” fabricando diariamente pérolas mais sofisticadas.
Pobre Brasil!

Gabriel Novis Neves
17-05-2013

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