Soa
como misterioso e excêntrico, no país do mensalão, o movimento que alguns
grupos políticos realizam em nome da democracia para descartar o parlamentar
escolhido livremente pelos seus pares para a presidência da Comissão dos
Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
Não
comentarei sobre a escolha, pois o Congresso Nacional funciona como um balcão
de negócios onde tudo é vendido e comprado.
O
governo da presidente Dilma teve interesse nessa compra, e assim, fez o pastor
de um micropartido religioso presidente da dita comissão visando, única e
exclusivamente, votos dos seus crentes.
Negócio
fechado. O pastor está na comissão não porque quis, e tampouco porque seja o
único pecador do desgastado poder legislativo. Ele, inclusive é um deputado
ficha limpa.
Na
mesma casa existem parlamentares condenados por corrupção pelo Supremo Tribunal
Federal (STF) na Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante de
todas. Nunca houve uma manifestação contrária a essa escolha.
Todos
respeitam a posição religiosa da Presidente da Republica, que não acredita em
Deus. Que foi ao Vaticano e não se comportou como católica.
Não
foi “diplomata” na casa de Francisco, e deu um show de materialismo e poder
econômico hospedando-se na suíte mais cara de um hotel cinco estrelas de Roma,
acompanhada de uma comitiva de dar inveja aos norte- americanos, que ficaram
hospedados na casa do seu Embaixador.
Respeitaram-se
todas essas enxurradas de fatos de amplo conhecimento do público universal. É
estranho, portanto, essa intolerância com o deputado pastor, mas que tem votos
para ajudar a reeleger a presidente atual.
O
próprio Presidente da Câmara dos Deputados não irá entrar nessa briga, porque
sabe do perigo que corre se ele se expuser.
Temos
que aprender a conviver com os desiguais, a começar pela Câmara dos Deputados.
Existe
por lá muita gente condenada pela justiça escondida por aqueles corredores do
Niemeyer.
O
pastor já se explicou e pronto. Não comungo com as suas ideias e também não o
defendo.
Gostaria que outros movimentos surgissem para punir todos os pecadores
escondidos e protegidos, às vezes, pelo manto dos interesses pessoais.
Uma Comissão de Direitos Humanos e Minorias nada pode fazer em benefício
daqueles que sofrem discriminação e preconceito no país das desigualdades.
Pobre é tratado como um lixo, especialmente com relação à educação e à saúde.
A
democracia pregada pelos homens do poder não funciona assim, com pacientes
amontoados em macas de hospitais, quando a Constituição Brasileira diz que
saúde é um direito do cidadão e dever do Estado?
Gabriel Novis Neves
27-04-2013
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