sábado, 4 de maio de 2013

ESTRANHO


Soa como misterioso e excêntrico, no país do mensalão, o movimento que alguns grupos políticos realizam em nome da democracia para descartar o parlamentar escolhido livremente pelos seus pares para a presidência da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
Não comentarei sobre a escolha, pois o Congresso Nacional funciona como um balcão de negócios onde tudo é vendido e comprado.
O governo da presidente Dilma teve interesse nessa compra, e assim, fez o pastor de um micropartido religioso presidente da dita comissão visando, única e exclusivamente, votos dos seus crentes.
Negócio fechado. O pastor está na comissão não porque quis, e tampouco porque seja o único pecador do desgastado poder legislativo. Ele, inclusive é um deputado ficha limpa.
Na mesma casa existem parlamentares condenados por corrupção pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na Comissão de Constituição e Justiça, a mais importante de todas. Nunca houve uma manifestação contrária a essa escolha.
Todos respeitam a posição religiosa da Presidente da Republica, que não acredita em Deus.  Que foi ao Vaticano e não se comportou como católica.
Não foi “diplomata” na casa de Francisco, e deu um show de materialismo e poder econômico hospedando-se na suíte mais cara de um hotel cinco estrelas de Roma, acompanhada de uma comitiva de dar inveja aos norte- americanos, que ficaram hospedados na casa do seu Embaixador.
Respeitaram-se todas essas enxurradas de fatos de amplo conhecimento do público universal. É estranho, portanto, essa intolerância com o deputado pastor, mas que tem votos para ajudar a reeleger a presidente atual.
O próprio Presidente da Câmara dos Deputados não irá entrar nessa briga, porque sabe do perigo que corre se ele se expuser.
Temos que aprender a conviver com os desiguais, a começar pela Câmara dos Deputados.
Existe por lá muita gente condenada pela justiça escondida por aqueles corredores do Niemeyer.
O pastor já se explicou e pronto. Não comungo com as suas ideias e também não o defendo.  

Gostaria que outros movimentos surgissem para punir todos os pecadores escondidos e protegidos, às vezes, pelo manto dos interesses pessoais.

Uma Comissão de Direitos Humanos e Minorias nada pode fazer em benefício daqueles que sofrem discriminação e preconceito no país das desigualdades.

Pobre é tratado como um lixo, especialmente com relação à educação e à saúde.

A democracia pregada pelos homens do poder não funciona assim, com pacientes amontoados em macas de hospitais, quando a Constituição Brasileira diz que saúde é um direito do cidadão e dever do Estado?

Gabriel Novis Neves
27-04-2013

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