sexta-feira, 3 de maio de 2013

Sucessor


Fico pensando como é difícil ser sucessor - seja na estrutura familiar, empresarial e, principalmente, no sistema público.
Um velho ditado popular diz que “aquele que vem na frente sofre com os desafios de todo desbravador, porém, bebe sempre água limpa”.
Analisando o momento político em nosso país percebo a dificuldade de nossos governantes em assumirem que são sucessores.
Como diz a palavra, sucessor é aquele que sucede. É o herdeiro tanto de coisas boas quanto de coisas não tão boas assim.
O que não vale é o sucessor político passar o tempo todo de seu mandato tentando justificar suas dificuldades jogando a culpa no seu antecessor.
Diferente do pioneiro, que não tem a quem criticar ou jogar a sua incompetência pela não realização do prometido.
Pioneiro não tem antecessor e não há a quem criticar.
Já o sucessor sabe exatamente aquilo que vai encontrar.
Em uma empresa o novo gestor antes de assumir o cargo manda fazer uma auditoria. De posse desses dados aceita ou não a missão.
Na vida pública os problemas existentes são debatidos exaustivamente durante a campanha eleitoral.
Todo sucessor público, principalmente, apresenta soluções milagrosas em curto prazo. Empossados no cargo não fazem outra coisa a não ser lamentar o que herdou. Curioso é que as soluções apresentadas durante o período eleitoral são imediatamente esquecidas.
Desconfio que grande parte dos sucessores na carreira política sofre da doença do alemão (Alzeihmer). É chegado o momento de inovarmos esse tipo de conduta, com o sucessor assumindo sua função e partir logo para o enfrentamento dos problemas que nos levarão aos benefícios.
Enquanto isso, vendo o futuro incerto, o sucessor desanima a população denunciando seu antecessor que, perplexa, fica esperando por melhorias nas áreas da saúde, educação, segurança, emprego, transporte coletivo e etc. - fatos que não acontecem nunca.
Nas próximas eleições futuros sucessores, com toda a certeza, apresentarão soluções que um herdeiro esclarecido irá resolver.
“Se as coisas são inatingíveis, não é motivo para não querê-las. Que tristes os caminhos se não fossem a presença mágica das estrelas” - Mário Quintana.

Gabriel Novis Neves
14-04-2013

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