Fico
pensando como é difícil ser sucessor - seja na estrutura familiar, empresarial
e, principalmente, no sistema público.
Um
velho ditado popular diz que “aquele que vem na frente sofre com os desafios de
todo desbravador, porém, bebe sempre água limpa”.
Analisando
o momento político em nosso país percebo a dificuldade de nossos governantes em
assumirem que são sucessores.
Como
diz a palavra, sucessor é aquele que sucede. É o herdeiro tanto de coisas boas
quanto de coisas não tão boas assim.
O
que não vale é o sucessor político passar o tempo todo de seu mandato tentando
justificar suas dificuldades jogando a culpa no seu antecessor.
Diferente
do pioneiro, que não tem a quem criticar ou jogar a sua incompetência pela não
realização do prometido.
Pioneiro
não tem antecessor e não há a quem criticar.
Já
o sucessor sabe exatamente aquilo que vai encontrar.
Em
uma empresa o novo gestor antes de assumir o cargo manda fazer uma auditoria.
De posse desses dados aceita ou não a missão.
Na
vida pública os problemas existentes são debatidos exaustivamente durante a
campanha eleitoral.
Todo
sucessor público, principalmente, apresenta soluções milagrosas em curto prazo.
Empossados no cargo não fazem outra coisa a não ser lamentar o que herdou.
Curioso é que as soluções apresentadas durante o período eleitoral são
imediatamente esquecidas.
Desconfio
que grande parte dos sucessores na carreira política sofre da doença do alemão
(Alzeihmer). É chegado o momento de inovarmos esse tipo de conduta, com o
sucessor assumindo sua função e partir logo para o enfrentamento dos problemas
que nos levarão aos benefícios.
Enquanto
isso, vendo o futuro incerto, o sucessor desanima a população denunciando seu
antecessor que, perplexa, fica esperando por melhorias nas áreas da saúde,
educação, segurança, emprego, transporte coletivo e etc. - fatos que não
acontecem nunca.
Nas
próximas eleições futuros sucessores, com toda a certeza, apresentarão soluções
que um herdeiro esclarecido irá resolver.
“Se
as coisas são inatingíveis, não é motivo para não querê-las. Que tristes os
caminhos se não fossem a presença mágica das estrelas” - Mário Quintana.
Gabriel Novis Neves
14-04-2013
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