A
Prefeitura do Rio de Janeiro deseja aprovar o mais rápido possível um Projeto
de Lei que está na Câmara de Vereadores e que pode ser votado a qualquer
momento.
Lá,
como cá, segundo pesquisas realizadas por institutos de grande credibilidade, o
principal problema da cidade está na Saúde Pública.
O
prefeito então quer tirar da sua Secretaria de Saúde a responsabilidade
constitucional de cuidar da saúde do cidadão.
Deseja
terceirizar essas ações, trabalho que já está sendo realizado em vários
municípios aqui de Mato Grosso pelas empresas com fins lucrativos.
São
as nossas conhecidas Organizações Sociais de Saúde (OSSs), que recebem um
tratamento diferenciado do Estado com relação aos repasses de recursos e tipos
de atendimento.
Os
governos estaduais do Rio de Janeiro e de Mato Grosso, assim como os seus
prefeitos, pertencem ao amplo e famoso arco de alianças que dá sustentação
política ao governo federal, que detém cerca de 70% dos recursos da nação.
Sendo assim, é fácil entender que essa medida é uma ordem de Brasília.
O
nosso alinhado governo já entregou a administração da Farmácia de Alto-Custo e
os seus Hospitais Regionais a essas empresas privadas.
O
resultado dessa experiência o povo sente na própria pele.
Quando
o nosso prefeito foi ao Ministério da Saúde para solicitar dinheiro para a
construção do novo Pronto Socorro, a condição imposta para a possível ajuda
financeira foi que a gerência do hospital fosse entregue a uma empresa de
direito público ou privado.
O
próprio governo federal criou uma empresa pública para administrar os seus
sucateados Hospitais Universitários.
A
reação dos docentes universitários, até o momento, tem sido um empecilho para o
governo implantar esse modelo de gestão que prejudicará, inicialmente, a
formação dos profissionais de saúde e, em pouco tempo, causará o fechamento de
toda a rede oficial dos hospitais de ensino.
Não
vejo nenhum movimento da sociedade organizada no sentido de abortar mais esse
crime cometido contra a nossa Saúde Pública.
O
governo de Mato Grosso é um grande defensor desse modelo de terceirizar os
problemas da saúde.
Notei
a simpatia do nosso prefeito por esse tipo de gestão da saúde.
Faço
um apelo a todos os que amam de verdade esta cidade, e não só da boca para
fora: - não deixem os nossos doentes nas mãos de empresários.
A
saúde é a mais social das nossas necessidades, e deve ser gerenciada por
entendidos em sofrimento, e não, em lucros financeiros.
Salvem-nos
dessa epidemia empresarial.
Gabriel Novis Neves
08-04-2013
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