Seria
tão mais eficiente e tão mais econômico se realmente nos ensinassem o que
verdadeiramente é a medicina preventiva.
Não
essa medicina praticada pelos grandes centros médicos que, através de aparelhos
altamente sofisticados, consegue detectar as mais diversas patologias quando já
iniciadas.
Essa
é para uns poucos ricos e também enriquecedora de poucos. Estou me referindo
aquela que, se for bem divulgada em um trabalho de educação permanente,
conseguiria livrar, pelo menos, 80% da população de tanto sofrimento.
É
preciso que todos saibam que as doenças, antes de se tornarem orgânicas, passam
por um distúrbio funcional, e é justamente aí, que se poderia fazer a
prevenção.
Ou
seja, nosso corpo emite sempre sinais de alerta de que as coisas não vão bem
por alguma causa externa, algumas vezes fácil de ser removida.
Bastaria
uma atenção maior ao que nos cerca, de triste ou angustiante, para que pequenas
mudanças de comportamento nos livrassem desses sintomas.
Ao
contrário, nos enchemos aleatoriamente de todo tipo de medicação, mascarando
assim sintomas importantes que seriam os gritos de alerta tão bem emitidos pelo
nosso corpo.
Como
esses gritos são sufocados, passamos a fazer a parte orgânica da doença, essa
sim, bem mais difícil de ser tratada.
Tenhamos
presente que o nosso sistema nervoso seria comparável a um elástico, com uma
capacidade de estiramento programada geneticamente, cujos limites não podem nem
devem ser ultrapassados.
Além
disso, contamos com um sistema imunológico que nos protege de nossos
agressores, mas que também fraqueja diante de estímulos neurotizantes de maior
porte.
Quantas
gastrites deixariam de se transformar em úlceras, quantas dermatites agudas se
transformariam em crônicas, quantas labirintites de repetição, quantos
distúrbios articulares, mais tarde invalidantes, enfim, toda uma patologia que
necessitaria de um livro para descrevê-la.
Nunca
nos ensinam, por exemplo, que bocejos repetidos nem sempre significam sono,
tédio ou encosto, segundo a crença popular.
Na
maioria das vezes eles evidenciam uma dificuldade de nossas trocas metabólicas
nos momentos prolongados de estresse, em que inspiramos menos oxigênio e
retemos mais gás carbônico. Através do bocejo, o organismo corrige e acalma
essa distorção.
Não
é por acaso que, assolada por falsos valores, todas as sociedades menos
esclarecidas, sejam sempre as mais doentes.
Culturas
muito repressivas fazem com que sejamos engolidores compulsivos de “sapos”,
carregadores de pesos insuportáveis para as nossas precárias colunas - ainda
não totalmente adaptadas às transformações de quadrúpedes em bípedes,
taquicárdicos nos inúmeros momentos de medo a que somos submetidos, enfim, a
situações para as quais não fomos preparados.
Prevenção
de doença é comer bem, respirar bem, pensar bem, amar bem e estar em equilíbrio
com o universo que nos envolve.
Claro
que tudo isso é incompatível com a miséria que assola a grande parte da
humanidade.
Gabriel Novis Neves
25-11-2012
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