Passadas
as eleições municipais, sobraram aos especialistas sociais a análise do
acontecido e as suas consequências.
Até
o final do ano a discussão central para estes jornalistas será o exercício da
futurologia.
O
cronista do dia-a-dia fica com as reminiscências pitorescas desta grande festa
circense encenada na televisão com o patrocínio do Tribunal Regional Eleitoral.
As
situações hilárias foram tão frequentes que, no imaginário do eleitor, ficaram
as extravagâncias.
Promessas
aos montes com soluções imediatistas ninguém mais lembra, porque de tão
idiotas, que saíram pelos ralos do esgoto do esquecimento.
Sei
que muitos jornalistas que participaram das campanhas eleitorais, estão
anunciando o lançamento de seus livros contando a verdade sobre as mazelas e as
intervenções teatrais criadas pelos marqueteiros.
Quer
situação mais absurda do que o enredo do alinhamento político?
Parecia
filmes de Mister Bean.
As
crianças adoravam a estrelinha em voo rasante trazendo os personagens que eram
alojados no painel no alto de um edifício em Cuiabá.
Todas
as vezes que me lembro da abertura deste programa tenho vontade de rir, como
faço diante das trapalhadas do cômico inglês Bean.
Outro
espetáculo que me obrigou a uma regressão ao tempo do rádio foi o quadro
impagável do primo pobre e primo rico na peça do Tribunal Regional Eleitoral
(TRE), tendo como atores dois importantes políticos.
Esta
cena foi uma criação genial de um jovem cineasta que nasceu na antiga
maternidade de Cuiabá.
Tinha
até candidato que jurava amores por esta cidade dizendo que tinha no próprio
nome - cuiabano.
Depois
de eleito, o cuiabano renunciou dizendo que seria mais útil à cidade, na
Assembleia Legislativa.
Durante
semanas estes e outros quadros humorísticos foram exibidos em rede,
proporcionando um prazer obrigatório à nossa população, já que foi financiado
com os recursos dos impostos.
Agora
que Inês é morta, só nos resta esperar o momento para cantar o Adeus Ano Velho,
Feliz Ano Novo.
Ainda
bem que estes momentos de lazer acontecem de dois em dois anos.
Sem
transmissão obrigatória pelo rádio e televisão a folia do circo continua, para
desespero dos necessitados.
Gabriel Novis Neves
21-12-2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.