Os
jornais informam que o prefeito eleito solicitou ao atual que alterasse o
orçamento já aprovado pela Câmara Municipal para o próximo exercício, forçando
um aumento de vinte e um milhões de reais.
Houve
consenso entre os vereadores e o desejo foi atendido.
O
que chamou a atenção do leitor foi a multiplicação por cinco dos recursos
destinados ao gabinete do vice-prefeito de Cuiabá. Pulou de R$272,9 mil
para R$1.4 mil!
Mais
confuso ficou ainda o contribuinte com essa prioridade explícita pelos números,
quando não é segredo nesta cidade que o eleito vice, com todo esse agrado,
ameaça não tomar posse no cargo.
Prefere
retornar as suas funções de deputado estadual.
Então,
por que lutou tanto para ser candidato em eleição que não precisa de votos para
se eleger?
Para
ser vice de prefeito, governador ou presidente da República, ou suplente de
senador, basta conseguir uma boa garupa para chegar lá.
Aqui,
o vice-prefeito eleito para ser o escolhido pelo seu partido - aquele do
Waldemar condenado recentemente pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no chamado
processo do mensalão -, teve que bater de frente com o senador Presidente de
Honra da secção estadual, que preferia outro candidato.
Os
boatos sobre as possíveis causas dessa inusitada renúncia são os mais
desencontrados possíveis.
Como
os personagens envolvidos (prefeito e vice) na renúncia nunca me disseram nada,
eu prefiro não dar ouvidos aos gritos das ruas.
Deve
ter havido algum pedido pleiteado pelo vice, e não atendido pelo seu colega de
chapa.
Mesmo
aumentando em cinco vezes a verba do gabinete do vice, o agrado não foi
suficiente para uma decisão tão radical.
Que
essa história é estranha, ninguém duvida.
Até
quando teremos que sustentar com os impostos pagos com o produto do nosso
trabalho, os vices e suplentes?
Fala-se
tanto em governar com transparência, e fatos como este da renúncia passa em
brancas nuvens para os eleitores e contribuintes dos cofres públicos.
Por
essas e outras é que o voto deveria ser opcional.
Em
tempo: os recursos para a educação permaneceram inalterados.
Gabriel Novis Neves
16-12-2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.