País
difícil de entender o da Rainha Elizabeth, com os seus reis e rainhas,
príncipes e princesas, duque e duquesas, condes e condessas, barões, lordes e
não sei mais quantos títulos nobiliárquicos. Somente consultando os almanaques
da Casa real.
Terra
tradicional dos namoricos imperiais com plebeus, escândalos oficiais
amorosos, tabloides sensacionalistas das intimidades dos famosos e da fofoca
bem remunerada.
Berço
de gênios da literatura mundial. De poetas, músicos, artistas e esportistas que
marcaram a história da humanidade.
País
da banda de rock mais famosa da década de sessenta. Os seus integrantes se
consideravam mais conhecidos e populares do que Jesus Cristo.
Artistas
de cinema, atletas com visibilidade, músicos extravagantes foram reconhecidos
pela Casa Real e condecorados, passando a fazer parte da nobreza europeia.
Nelson
Rodrigues, o nosso gênio maldito, escreveu a “Vida como ela é”. Na ilha da bota
geográfica vive-se a “Vida como ela não é”.
Aquela
nação destaca-se por sua grande ambiguidade diante dos valores da vida,
principalmente.
Defensores
intransigentes dos direitos humanos e da preservação do meio ambiente são
profissionais da guerra destruidora de civilizações e da natureza.
Tem
vergonha em ser vizinha da Cidade Luz, onde reina a mais absoluta liberdade e
que, de há muito eliminaram a monarquia obsoleta - explícita e inexplicável
divisão pejorativa de classes sociais.
Para
se oxigenarem de sua prisão real, os ingleses procuram chegar à Cidade Luz por
trens que navegam debaixo das águas.
Os
nobres nem solidários são com os seus vizinhos de continente. Apesar de fazer
parte da União Europeia, o país não adotou o euro como sua moeda oficial.
Escravos
dos seus parentes mais novos da América do Norte, mantêm com mãos de ferro o
domínio de uma ilha de gelo em território argentino. Muitos morreram para
garantir essa reserva da natureza para os conterrâneos de Mister Bean.
Pois
bem. Reclamamos muito dos nossos legisladores pelo excesso de datas
comemorativas, e não é que perdemos para os ingleses nesse quesito?
Não
tenho conhecimento se no Brasil existe o “Dia do Orgasmo”.
Na
civilizada ilha da Rainha criou-se o “Dia Mundial do Orgasmo” para alavancar as
vendas de uma rede de sex shop.
Pesquisas
feitas revelaram que 80% das mulheres inglesas não atingiam o clímax em suas
relações sexuais. Daí a justificativa para a criação desta data tão singular.
A
causa mais frequente desse distúrbio é de fundo psicológico. Não seria então
mais apropriado encaminhar essas mulheres para tratamento especializado?
Na
Inglaterra civilizada e admirada pelos colecionadores de comendas e passeios de
carruagem com a velhinha rainha, os escândalos íntimos da família real fazem o
delírio da mídia. Quem não se lembra de quando uma linda princesa foi trocada,
para surpresa de todo mundo, por uma decadente esposa de um serviçal do
Palácio?
A
celebração do “Dia do Orgasmo” será comemorado todos os anos no dia 31 de julho
com uma grande suruba real.
País
do primeiro mundo tem hábitos diferentes. Felizmente ainda somos índios e estamos
sempre precisando de um apito.
Gabriel Novis Neves
24-11-2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.