quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Está certo!


A sociedade brasileira acostumou-se tanto a tolerar a hipocrisia, que está difícil viver com ética, respeito, solidariedade e humanismo.
Neste final de ano três assuntos ocupam o espaço da mídia.
O provável encerramento do julgamento dos mensaleiros pelo Supremo Tribunal Federal, agora acoplado ao escândalo do escritório da Presidência da República em São Paulo.
A engenharia sem as curvas e a beleza do Niemayer nos arranjos das equipes dos futuros prefeitos, onde a obra final é semelhante a uma colcha de retalhos, produto das concessões partidárias.
Os salários dos prefeitos e vereadores do Brasil, muitos acima do teto determinado pela Constituição Federal.
Dos cento e quarenta e um municípios mato-grossenses, a maioria vive de repasses constitucionais.
O município de Cuiabá no próximo ano terá um orçamento pouca coisa maior do que o da Secretaria da Casa Civil do governo do Estado.
Ao que me consta, essa secretaria de articulação política do governador não possui uma estrutura burocrática como a Prefeitura da nossa capital - carente de ações imediatas que requerem dinheiro para minorar, pelo menos, a saúde pública.
Acho também que não possui uma Câmara de Vereadores, tão obesa com aumento de “representantes do povo” e custo operacional altíssimo.
Como certas coisas só acontecem em Cuiabá, proporcionalmente ao número de habitantes, a nossa ex-Cidade Verde possui quase dez vezes mais vereadores que a cidade mais rica do Brasil que é a capital do Estado de São Paulo.
Somos generosos também com o número de secretarias criadas para atender a faminta base de sustentação do governo municipal, cujo orçamento mal paga o salário do pessoal.
O futuro prefeito, num ato de lucidez, pensou em fundir algumas dessas inutilidades, verdadeiras aspiradoras do nosso caríssimo IPTU.
Claro que os poucos privilegiados fantasiados como defensores da cultura e turismo, acusaram o golpe e gritaram.
Acho pouco que, com esse orçamentinho, o nosso município tenha de continuar com essa gigantesca máquina administrativa inoperante, deixando de atender as emergências da nossa população.
Temos mais secretarias ornamentais e ociosas que postos de saúde e creches em funcionamento, o que é um absurdo insuportável de falta de respeito aos mais carentes, principalmente.
Mauro foi eleito para transformar Cuiabá em uma cidade moderna e mais humana.
Medidas duras a favor da população devem ser tomadas no primeiro dia de governo. Nossa gente não tem mais paciência para ouvir discursos e promessas de que vamos fazer ou estamos estudando o caso.
Não elegemos um prefeito para realizar mudanças?
Queremos transformações.

Estas têm que começar de cima para baixo e não demitindo pequenos funcionários, trocando móveis dos gabinetes ou mudando de prédio.

Mauro: modernize o Palácio Alencastro e trabalhe com uma enxuta máquina administrativa ao seu lado.
Siga o exemplo da universidade onde você estudou que, aos quarenta e dois anos de existência e famosa internacionalmente, não possui sede própria para reitoria, que ocupa (usucapião) uma pequena área da Biblioteca Central.
E a sua universidade, nesse simples espaço físico, comanda uma rede de filiais nas principais cidades do Estado.
Faça uma cirurgia radical nessas quase vinte secretarias municipais. Reduza-as para seis núcleos, e colha resultados imediatos percebidos pela nossa desesperada população à procura de soluções para os seus problemas.
Represálias políticas acontecerão, mas a vontade do povo é soberana e este não lhe faltará.
Não se torne um refém dos velhos e ultrapassados métodos de governar.
Não siga os exemplos dos governos Estadual e Federal, totalmente engessados e inoperantes.
Repito Mauro: o momento é de fusão “ampla, geral e irrestrita” para salvar a minha cidade.
Você não deve nem pensar na mesmice, ouvindo caciques políticos profissionais.
Coragem novo prefeito!
O povo quer aplaudi-lo por promover o desenvolvimento de Cuiabá.
A prefeitura não é casa de filantropia.

Gabriel Novis Neves
11-12-2012

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