A
grande diferença entre nós e os outros animais é a nossa capacidade de
transformar a natureza.
Eles,
apenas extraem dela a sua sobrevivência. Nascem, vivem e morrem sem grandes
percalços durante esse ciclo de vida, desde que não ocorram catástrofes
telúricas.
Seu
sistema imunológico, não sendo atingido por fatores emocionais como no nosso
caso, consegue protegê-los de uma maneira eficaz das inúmeras pragas e doenças
apenas ocorrendo eventualmente algumas zoonoses em função de distúrbios
ambientais.
Nós,
com as constantes inseguranças psicológicas, ficamos, igualmente, sujeitos a
quedas frequentes do tônus cortical e dessa maneira, com muita frequência, dada
a baixa imunidade, desprotegidos de todo tipo de doença, inclusive
as provocadas por vírus e bactérias.
Com
relação ao tão propalado benefício do exercício físico, os animais só o fazem
em condições de perigo ou durante a caça, para sobrevivência. No
restante do tempo, muitos alongamentos, estes sim extremamente necessários e entrega
total ao descanso.
Os
racionais aqui, motivados por uma propaganda diária contundente, se
exaurem nas academias em busca de corpos esculturais que
teoricamente os levariam a experiências afetivo-sexuais mais
intensas e duradouras e quem sabe à juventude eterna.
A
observação geral é, entretanto de que todo o inverso ocorre na maioria dos
casos e o saldo final é de um grande número de pessoas com o seu sistema osteo
articular lesionado, algumas vezes de maneira grave.
Ao
menor sinal de doença, os animais imediatamente param de comer, saem à procura
das ervas específicas para a sua cura, sempre por eles intuída, e entram em
absoluto repouso como forma de comportamento.
Entretanto,
na convivência com os humanos, podem se tornar obesos, neuróticos,
diabéticos, cancerosos, cardíacos e sempre dependentes de cuidados
veterinários uma vez que passamos para eles as inúmeras agressões
que fazemos à nossa espécie, sejam elas alimentares, sexuais, ambientais e
principalmente psicológicas.
Enfim,
de tudo isso concluímos que respeitadas às diferenças genéticas, seríamos bem
mais equilibrados se agredíssemos menos a natureza.
Na
nossa imensa sede de "TER", nos entregamos de uma maneira desvairada
a consumir cada vez mais e desordenadamente com se isso fosse a nossa única
finalidade de vida.
Na
verdade, o modelo de felicidade cabe num recipiente bem menor.
Vivemos
numa sociedade em que “A Depressão” é um dos maiores males e isso justifica uma
reflexão profunda sobre as suas possíveis causas.
Entretanto,
regidos por sistemas de produção perversos, dificilmente em curto prazo
poderemos nos livrar desses apelos que levam ao dito ‘Sucesso’, afastando-nos
de nossa origem primitiva animal.
Gabriel Novis Neves
30/11/2012
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.