Basicamente,
em termos psicológicos, resiliência é a capacidade de administrar da melhor
maneira possível a adversidade.
Os
indianos traduzem isso num ditado que diz: “Isso também passará”.
Aqui
na terrinha temos até letra de samba preconizando o “levanta,sacode a poeira e
dá volta por cima”.
A
vida nesse planeta é cheia de adversidades para todos.
Nada
é fácil, e a busca pelo equilíbrio emocional é uma conquista diária.
O
brasileiro, de modo geral, tem o péssimo hábito de transferir os fracassos, ou
o mau desempenho dos nossos jogadores de futebol, para ele mesmo, como uma
incapacidade de ser sempre vitorioso.
É
o que aconteceu nesta desastrada Copa do Mundo diante uma preparada Alemanha.
Já
não basta o que nos espera após esses trinta dias de circo e fantasia, aliás,
vindos em boa hora, já que é imensa a onda de pessimismo que envolve o país
nesses meses pré-eleitorais.
De
certa forma, transferimos esse pessimismo para todas as arenas em que
enfrentamos outros competidores, sempre desmerecendo a nossa atuação.
Aliás,
essa identificação de arena com as usadas para torturas nos tempos romanos soa
para mim como uma associação maléfica. Mas, faz jus à promoção pela
suntuosidade dos espaços.
Voltando
às nossas expectativas com relação ao nosso desempenho final na “Copa das
Copas”, disputando um desmotivado terceiro lugar é de bom alvitre que, mais do
que nunca, façamos uso da nossa conhecida capacidade de resiliência. Isso não
aconteceu e, levamos uma gloriosa goleada da Holanda.
Mesmo
com as decorrências desagradáveis com dois de nossos melhores jogadores,
cumprimos bem o nosso papel de bons anfitriões. Mostramos ao mundo que somos
pobres, mas alegres e ‘limpinhos’.
A
alegria nata do povo brasileiro e o compromisso com a felicidade poderão ser a
grande alavanca para incrementar o turismo no nosso país.
Ao
que tudo indica essa grande propaganda internacional foi conseguida,já que
todos os jornalistas, através de seus holofotes, deram grande destaque para as
nossas belezas naturais e para a espontaneidade do nosso povo.
O
auxílio telúrico foi imenso, já que a maioria do país viveu um belíssimo
inverno ameno ensolarado.
Vamos
torcer para que os nossos dirigentes percebam a necessidade que o momento
sugere para novas oportunidades nesse campo, pois essa propaganda nos custou
muito caro.
No
mais, desejamos ao jovem Neymar um rápido restabelecimento e uma forte
resiliência.
Gabriel
Novis Neves
13-07-2014
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