As
Copas do Mundo trazem à tona a grande diferença emocional entre latinos e
europeus.
Chamou-nos
a atenção, por exemplo, a aparente frieza dos jogadores alemães.
Enquanto
nós, sentimentalistas desvairados, nos debulhamos em choros e afagos, tanto nas
derrotas como nas vitórias.
Os
germânicos, mesmo na vitória, se comportam de uma maneira distante e fria.
É
como se um conjunto de alunos de colégios de padre estivesse mostrando a sua
distância das coisas terrestres.
Nada
de tatuagens, nada de cabelos exóticos, nada de afagos mútuos.
Nós
choramos, sofremos, amamos, mas quem sabe numa intensidade maior que a vida
sugere?
Os
alemães deixam a intensidade das emoções para coisas mais palpáveis, e não para
o simples fato, aparentemente de pequena importância, de vinte e duas pessoas
disputando por noventa minutos a posse de uma bola.
Cuidam
de um país com um dos mais altos índices de desenvolvimento do planeta, focado
nos eventos culturais e de âmbito social.
Não
estamos na rabeira do desenvolvimento por simples acaso, mas por puro
merecimento. Nossos valores, ainda que equivocados, são absolutamente outros.
Gabriel
Novis Neves
09-07-2014
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