segunda-feira, 21 de julho de 2014

SANGUE LATINO

As Copas do Mundo trazem à tona a grande diferença emocional entre latinos e europeus.
Chamou-nos a atenção, por exemplo, a aparente frieza dos jogadores alemães.
Enquanto nós, sentimentalistas desvairados, nos debulhamos em choros e afagos, tanto nas derrotas como nas vitórias.
Os germânicos, mesmo na vitória, se comportam de uma maneira distante e fria.
É como se um conjunto de alunos de colégios de padre estivesse mostrando a sua distância das coisas terrestres.
Nada de tatuagens, nada de cabelos exóticos, nada de afagos mútuos.
Nós choramos, sofremos, amamos, mas quem sabe numa intensidade maior que a vida sugere?
Os alemães deixam a intensidade das emoções para coisas mais palpáveis, e não para o simples fato, aparentemente de pequena importância, de vinte e duas pessoas disputando por noventa minutos a posse de uma bola.
Cuidam de um país com um dos mais altos índices de desenvolvimento do planeta, focado nos eventos culturais e de âmbito social.
Não estamos na rabeira do desenvolvimento por simples acaso, mas por puro merecimento. Nossos valores, ainda que equivocados, são absolutamente outros.

Gabriel Novis Neves
09-07-2014

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