A
festa da Copa do Mundo acabou. Com ela foram projetados ao mundo um futebol
brasileiro desatualizado e uma Alemanha humanizada.
Agora
começa outro jogo: o político. Não sei qual dos dois “jogos” é o mais violento
e faltoso. Desconfio que seja o político, pois, já nas convenções partidárias,
mataram muitas ambições.
Brasília
patrolou uma série de pequenos partidos de aluguel visando, única e
exclusivamente, seus preciosos segundos no Horário Político Gratuito do
Tribunal Superior Eleitoral.
Dizem
que o comboio das maletas com dinheiro vindas de Gana, para evitar que a sua
seleção de futebol não abandonasse a Copa, quase se chocou com o comboio que se
destinava às convenções dos partidos de segundos.
Ideologia,
programas e propostas de governo visando nosso desenvolvimento ético no
exercício da função pública, não entram nessa espúria contabilidade da formação
do tal arco de alianças para escolher o mais qualificado dos grupos políticos.
No
futebol, apesar das maletas, seus protagonistas têm de demonstrar talento para
ganhar o jogo.
A
tudo assistimos passivamente, como se o comportamento desses grupos fossem a
coisa mais natural deste mundo.
Certo
candidato pelas “oposições” ao cargo de Presidente da República durante os
últimos doze anos sugou todos os benefícios do governo federal.
Quando
percebeu que a água estava invadindo a embarcação do poder, na maior cara de
pau pulou fora da nau abandonando seus cúmplices e, o pior, se apresentando
como candidato adversário.
O
político necessita de um mínimo de credibilidade e coerência para conquistar o
voto livre da sociedade.
O
que vemos é uma imensa miscelânea para o banquete do poder.
Aqui
em Mato Grosso a situação é surrealista. Existem pessoas que se juntam somente
para irritar o eleitor e fortalecer a opção majoritária do voto branco e nulo.
Empresários
sem voto e nem vivência com a coisa pública, mas com boa artilharia financeira,
são “escalados” para posições importantes nas chapas majoritárias, de
preferência como vices e suplentes que não precisam de votos.
Tudo
combinado para assumirem logo após a posse dos titulares, além de controlarem
majoritária fatia do loteamento do Estado.
É
triste, mas essa é a verdade que enfrentaremos após a Copa das Copas.
Gabriel
Novis Neves
23-07-2014
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