terça-feira, 29 de julho de 2014

Miscelânea

A festa da Copa do Mundo acabou. Com ela foram projetados ao mundo um futebol brasileiro desatualizado e uma Alemanha humanizada.
Agora começa outro jogo: o político. Não sei qual dos dois “jogos” é o mais violento e faltoso. Desconfio que seja o político, pois, já nas convenções partidárias, mataram muitas ambições.
Brasília patrolou uma série de pequenos partidos de aluguel visando, única e exclusivamente, seus preciosos segundos no Horário Político Gratuito do Tribunal Superior Eleitoral.
Dizem que o comboio das maletas com dinheiro vindas de Gana, para evitar que a sua seleção de futebol não abandonasse a Copa, quase se chocou com o comboio que se destinava às convenções dos partidos de segundos.
Ideologia, programas e propostas de governo visando nosso desenvolvimento ético no exercício da função pública, não entram nessa espúria contabilidade da formação do tal arco de alianças para escolher o mais qualificado dos grupos políticos.
No futebol, apesar das maletas, seus protagonistas têm de demonstrar talento para ganhar o jogo.
A tudo assistimos passivamente, como se o comportamento desses grupos fossem a coisa mais natural deste mundo.
Certo candidato pelas “oposições” ao cargo de Presidente da República durante os últimos doze anos sugou todos os benefícios do governo federal.
Quando percebeu que a água estava invadindo a embarcação do poder, na maior cara de pau pulou fora da nau abandonando seus cúmplices e, o pior, se apresentando como candidato adversário.
O político necessita de um mínimo de credibilidade e coerência para conquistar o voto livre da sociedade.
O que vemos é uma imensa miscelânea para o banquete do poder.
Aqui em Mato Grosso a situação é surrealista. Existem pessoas que se juntam somente para irritar o eleitor e fortalecer a opção majoritária do voto branco e nulo.
Empresários sem voto e nem vivência com a coisa pública, mas com boa artilharia financeira, são “escalados” para posições importantes nas chapas majoritárias, de preferência como vices e suplentes que não precisam de votos.
Tudo combinado para assumirem logo após a posse dos titulares, além de controlarem majoritária fatia do loteamento do Estado.
É triste, mas essa é a verdade que enfrentaremos após a Copa das Copas.

Gabriel Novis Neves
23-07-2014

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