Não
é só o dinheiro na mão que é vendaval como na canção do Paulinho da Viola em
tempos passados.
As
recentes operações da Polícia Federal também têm esse efeito destruidor nas
ambições de alguns.
Poder
e dinheiro em certas mãos são vendaval.
A
poucos meses das eleições, aqui no Estado da Soja e das ferrovias das fazendas
no nortão, o tabuleiro de xadrez já estava quase todo montado para continuar
com a hegemonia do grupo econômico atual no poder. Mas, bastou a Arca de Noé
encostar-se ao Monte Ararath para que tudo fosse para os ares.
Quem
era não é mais, quem queria, jura que nunca quis. Outros prometem abandonar a
“excelente” profissão de político.
Diante
desse vendaval, parece que ressurge a candidatura rejeitada e incômoda de
Maurício Magalhães, atualmente afastado do Estado por motivo de saúde em pessoa
da sua família.
Fenômeno
como esse produzido pela Operação Ararath só tinha presenciado na eleição de
Negrão de Lima para governador da Guanabara (1965), onde a revolução cortou
muitos candidatos com eleição garantida, como Sérgio Magalhães, Lott, e tantos
outros, até surgir o Embaixador.
No
futebol tivemos a vitória do Real Madri sobre o Atlético de Madri no último
minuto dos cinco da prorrogação, ficando com a Taça.
Acho
que a incompleta Ararath já eliminou muita gente do cenário eleitoral. Ao
concluir as três programadas para os próximos dias, tudo estará zerado no nosso
processo pré-eleitoral.
Aí
então, a grande oportunidade para o pré-candidato a candidato na convenção do
PSDB, do ex-secretário de Dante de Oliveira, inscrito em tempo hábil ao cargo
de governador de Estado, pois o seu partido alegava falta de quadros, agora
agravado.
Haverá
uma disputa acirrada entre ele e o jornalista Muvuca pelas oposições.
Ser
candidato pela situação terá de se ter vocação para mártir. Como defender o
indefensável em uma campanha política?
O
eleitor, diante dos últimos acontecimentos que chocaram o nosso Estado, sem
opções, estará diante de um grande dilema: voto branco, nulo ou exercer a sua
cidadania e, nessa hora, a única das três caixinhas de surpresas continua sendo
a do voto secreto.
As
outras duas, a tecnologia e a ética, tornaram-se vulneráveis. Barriga de
gestante a ultrassonografia facilmente determina o sexo do bebê. Voto de juiz
antes de tornar público todo mundo sabe.
O
renascido Estado Curral está sem opções neste deserto de homens públicos, que
não se confunda com políticos, duas categorias totalmente diferentes. Hoje
temos predominância do segundo grupo.
E
a Copa do Mundo?
Será
que as nossas chamuscadas autoridades enfrentarão o público das Arenas? Embora
sua plateia seja de conservadores endinheirados e estrangeiros, há riscos de
manifestações não agradáveis.
Os
pobres ficarão nas favelas ouvindo os jogos pelo radiozinho, isso se não tiver
um apagão, que faz parte do nosso desenvolvimento.
A
classe média emergente, criada pelo governo da reeleição, ficará mal acomodada
no Fun Fest feito às pressas por imposição do dono da festa, a FIFA.
Quantas
emoções nos aguardam!
Esta
será, com certeza, a nossa Copa inesquecível!
Gabriel
Novis Neves
25-05-2014
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