Jamais
poderia imaginar que o grupo político que há doze anos veio para renovar o
nosso Estado tivesse cometido nesse espaço de tempo tantas infrações éticas.
O
crime organizado comandado pelo iniciante “Comendador” foi extinto por ação do
Ministério Público Federal através da conhecida operação Arca de Noé em fins de
2002.
Em
compensação, os homens da botina, que substituíram os do tênis, montaram um
sistema mais eficiente e poderoso, e que somente agora foi desbaratado pela
Polícia Federal.
Segundo
o que foi apurado, o objetivo maior, além do enriquecimento do grupo, era a
perpetuação da turma no poder.
A grande meta moralizadora dos novos
governantes era abrir as “malas pretas” da administração passada numa explícita
alusão à corrupção que diziam existir, coisa possível de acontecer no nosso
modelo republicano de governar.
O
jovem governador acusado morreu amargurado com as humilhações sofridas pelas crueldades
dos estadistas fazendeiros.
E
a tal da mala preta que era o símbolo da corrupção passada jamais foi
encontrada.
Desculpas
tardias não curam defuntos morais, tampouco físicos.
Com
a sequência das Operações Ararath a “mala preta” foi encontrada e seus
personagens expostos à sociedade.
Muitos
se surpreenderam com a audácia e voracidade dos donos da verdade ao avançarem
com tanto apetite e organização no erário público, única e exclusivamente em
benefício pessoal e de seus asseclas.
Todo
tipo de crime contra o sistema financeiro foi cometido, envolvendo outros
poderes do Estado.
Foi
realmente uma mega e bem formatada
quadrilha de assaltos ao Tesouro Estadual.
O
antigo Comendador recusou delatar seus sócios, pagando no presídio de segurança
máxima pelos seus crimes e, dos seus
graduados companheiros.
O
bem estruturado técnico e politicamente grupo que o substituiu no comando do
crime organizado, jamais poderia imaginar que uma simples briga de casal fosse
desvendar, com provas contundentes, aquilo que todo mundo já sabia.
Assim
como a soja, brotavam também em nossas terras férteis grandes fortunas
inexplicáveis.
O
período da colheita do péssimo comportamento com a coisa pública não poderia
ser em momento tão inoportuno.
Estamos
sediando jogos da Copa em nossa cidade e, sabiamente, sua Excelência, o digno
Juiz Federal, acabou com o sigilo do processo, deixando as falcatruas cometidas
ao alcance de todos - para a satisfação da sociedade e alegria dos jornalistas
nacionais e internacionais que abundam por aqui.
Todo
o planeta ficará sabendo como vivem os homens na terra do agronegócio.
Não
merecíamos tamanha humilhação! A verdade está nos autos do processo criminal e
na riqueza externa desse pessoal, incompatível com seus rendimentos de
funcionários públicos.
Esperamos
que a justiça dos homens cumpra com o seu dever constitucional punindo os
responsáveis pelo maior escândalo político do nosso Estado, com vistas grossas
das instituições que deveriam zelar pelo bem público.
Nossa
gente trabalhadora não suporta mais conviver com marginais das leis.
Acreditamos
na justiça e na reconstrução deste Estado de gloriosas tradições, com trabalho,
ética e educação para todos.
Precisamos
formar cidadãos e expulsar os fariseus do nosso território sagrado. Tchau,
aproveitadores! Vão ser felizes e viver tranquilos nas suas terras de origem.
Basta!
Vocês já nos fizeram muito mal!
Gabriel
Novis Neves
09-06-2014
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