Refletir
sobre esses dilemas nos permite ver de maneira mais clara como uma questão
moral pode se apresentar em nossas vidas, tanto como indivíduos quanto como
membros de uma sociedade.
A
vida em sociedades democráticas é cheia de divergências entre o certo e o
errado, entre justiça e injustiça.
Eleições
são vencidas e perdidas com base nessas divergências.
Dados
a paixão e a intensidade com as quais debatemos as questões morais na vida
pública, podemos ficar tentados a pensar que nossas convicções morais estão
fixadas para sempre em nossa consciência pela maneira como fomos criados ou
devido as nossas crenças, além do alcance da razão.
Entretanto,
se isso fosse verdadeiro, a persuasão moral seria inconcebível e o que
consideramos ser um debate político sobre justiça e direitos não passaria de
uma enxurrada de afirmações dogmáticas em uma inútil disputa ideológica.
Às
vezes uma discussão pode mudar nossa opinião. A reflexão moral aflora
naturalmente quando nos vemos diante de uma difícil questão desta natureza.
A
confusão sobre o certo e o errado nos impulsiona a filosofar. Ela remonta aos
diálogos de Sócrates e a filosofia moral de Aristóteles.
Se
a reflexão moral consiste em harmonizar os julgamentos que fazemos com os
princípios que afirmamos, como pode tal reflexão nos levar à justiça ou à
verdade moral?
Platão
comparava os cidadãos comuns a um grupo de prisioneiros confinados em uma
caverna. Tudo que veem é um movimento das sombras na parede.
Na
opinião de Platão, para captar o sentido da justiça e da natureza de uma boa
vida é necessário nos posicionarmos acima dos preconceitos e das rotinas do dia
a dia.
Assim,
concluo uma sinopse de uma aula de filosofia do professor Sandel, em Harvard.
Vamos
refletir sobre o que está acontecendo com a nossa política e procurar as
próximas eleições para nos aproximarmos da justiça social?
Gabriel
Novis Neves
26-05-2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.