Segundo
observadores em Copa do Mundo, a FIFA lucrará com este evento no Brasil o dobro
daquilo que faturou nas duas últimas – as de 2006 e 2010.
Verdadeiro
negócio da China para os donos do futebol mundial!
Os
preços de certos produtos atingiram patamares impensáveis para a nossa
realidade, como água mineral, refrigerante, cerveja ou um simples sanduíche.
Não
contando os absurdos preços do transporte aéreo, da hospedagem, de um prato de
comida e do estacionamento.
Somente
as autoridades, empresas multinacionais patrocinadoras da Copa, milionários
emergentes, assistirão aos jogos nas Arenas, com número bastante reduzido de
assentos, exatamente para explorar os fanáticos torcedores.
O
ex-Maracanã de duzentos mil torcedores na partida final com o Uruguai no dia 16
de julho de 1950, abrigava um público de duzentas mil pessoas. Na geral estavam
trinta mil periféricos da sociedade.
Hoje,
com esses preços padrão FIFA, os trabalhadores de baixa renda foram excluídos.
A Copa no Brasil é para turistas internacionais e para a elite política e
social.
Estarão
nas Arenas as autoridades e seus convidados, os do grupo dos patrocinadores e,
alguns milionários estrangeiros e nacionais, produtos do nosso momento
histórico.
Alguns
fanáticos contrairão dívidas para “adentrar” ao estádio da Copa.
A
verdadeira classe média, ou ficará em casa assistindo aos jogos pela televisão
ou irá ao FUN FEST ainda em construção.
A
tal classe média emergente, inventada pelo governo atual, ficará em casa
ouvindo os jogos pelo radiozinho de pilha, pois onde mora a energia elétrica
ainda não chegou, assim como outros benefícios sociais.
Os
miseráveis nem sabem que existe neste país essa monstruosa feira de negócios
para os estrangeiros da FIFA.
O
carnaval, alegria do povo, de há muito foi transformado em diversão para
turistas estrangeiros. Agora é o nosso futebol que deixa de ser um programa
popular.
Os
movimentos sociais estão denunciando mais esse direito negado à nossa população
menos favorecida.
Esta
Copa ficará como um marco da nossa insensatez. Os botijões de gás da
insatisfação popular com os gastos exorbitantes com as obras, aliada à
corrupção explícita, chegou a atemorizar os órgãos de segurança nacional.
Nesta
nossa pequena cidade de seiscentos mil habitantes a revolta popular é tanta,
que há dias os militares treinam dia e noite com apoio de aviões, helicópteros,
canhões e armas pesadas para a segurança da Arena.
E
ainda há uma preocupação pós-Copa: saber que destino será dado à Arena de
seiscentos milhões de reais. Dizem que a Arena será transformada em local de
touradas.
O
contribuinte que foi obrigado a bancar a sua construção deseja saber como
ficará este Estado endividado e comprometido com a Operação Ararath.
Enfim,
junho é o mês das festas juninas.
A
Copa será mais uma extra.
Gabriel
Novis Neves
30-05-2014
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