Há
meses que os nossos políticos não fazem outra coisa a não ser montar o
tabuleiro do xadrez visando a conquista do poder.
Tudo
é válido nessa arrumação. Só não vale botar mãe no meio, recomenda o velho
Oráculo do Porto.
Interessante
que, tanto governistas como oposicionistas, reservam sempre um lugar de
destaque aos militantes proeminentes do Partido da Soja.
Estão
infiltrados em todas as legendas partidárias. Impossível ficarem de fora de uma
composição majoritária e, de preferência, que não precisem disputar votos como
vices ou suplentes.
As
chapas que serão oferecidas aos eleitores parecem sopa de legumes – tem de tudo
um pouco, não podendo faltar o representante dos fazendeiros.
Afinal,
são eles os principais financiadores das campanhas políticas, e seus currículos
são encontrados na Revista Forbes.
Ideologias
ou propostas para melhorar as condições de vida da nossa gente e do nosso país
ficam para depois, e não são sequer discutidas nessas intermináveis reuniões de
acordos e acertos pré-eleitorais.
O
filho desse matrimônio é um ser difícil de ser identificado quanto a sua
paternidade pela complexidade genética que apresenta.
Observo
pelos jornais os personagens das enormes mesas de reunião.
Haja
terapia e antidepressivo para suportar aquele ambiente de falsidade e
hipocrisia, cujo prato principal é feito
pelos interesses pessoais.
Antes
do cafezinho um prato de sapos é servido. Nesses momentos é importante engolir
sapos para facilitar a digestão.
O
poder precisa ser mais estudado pelos especialistas em problemas sociais para
que explicações sejam dadas, tendo em vista o encantamento desmedido que causa
a tanta gente.
Carentes
de notoriedade constituem maioria nessas reuniões.
Enquanto
isso, o tempo vai passando e sentimos o grande desperdício e mau exemplo que os
homens públicos dão ao trabalhador que, para exercer a sua função, enfrenta greves
de transportes públicos, manifestações de rua
e confrontos com a polícia, além da ausência absoluta dos principais
equipamentos sociais a que faz jus.
Estamos
nos tornando também campeões em tempo perdido com remunerações de marajás.
Tempo
perdido é a perda mais lamentável para o futuro de um país que deseja ser
desenvolvido e competitivo.
Essa
é a nossa realidade.
Gabriel
Novis Neves
16-05-2014
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