Acaba
de surgir no mundo uma nova classe trabalhadora – a do precariado.
Como
o nome sugere, é um mercado, geralmente de jovens, que desfrutam apenas de um
trabalho precário, sem as leis trabalhistas que configuram a estabilidade de um
emprego.
Cresce
no mundo o número de pessoas que vem se afastando dos mercados de trabalho na profissão
em que foram formados.
A
crise mundial de desemprego, principalmente na Europa e nos Estados Unidos, vem
obrigando esses jovens a aceitarem trabalhos esporádicos e temporários, menos
remunerados e, geralmente, distantes de suas ambições.
Isso
também vem ocorrendo no Brasil, numa proporção bem menor, já que as nossas
taxas de desemprego também são bem inferiores às americanas e europeias.
Como
era de se esperar, o que se tem observado é toda uma geração desencantada e
apática, numa época da vida em que tudo costuma vir coberto de otimismo.
Isso
já é uma constatação mundial.
Além
disso, toda uma programação futura de vida é descartada, surgindo assim a
filosofia imediatista do viver o aqui e o agora, isenta de planos em longo
prazo, meta das gerações que nos antecederam.
Num
passado recente vivíamos sempre em função do acúmulo de bens, do sonho da casa
própria, da poupança familiar, da aposentadoria segura, enfim, do amanhã
tranquilo em termos econômicos.
Profissões
extintas, ou em extinção, já nos assustam, como por exemplo: taquígrafos,
datilógrafos, alfaiates, costureiras, chapeleiros, sapateiro. Existem muitas
outras que nem mais são cogitadas.
Na
medicina, robôs cirúrgicos já vêm substituindo
técnicas de cirurgia tradicional. Os médicos cada vez mais distantes
emocionalmente de seus pacientes, já vêm substituindo suas longas anamnese por
baterias de exames tecnológicos cada vez
mais sofisticados.
Chegarão
as máquinas a nos substituírem em todos os níveis?
Que
mundo nos espera?
Enquanto
isso... haja precariado.
Gabriel
Novis Neves
13-03-2014
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