Estamos
em pleno período dos acordos partidários que visam, principalmente, tempo de
televisão.
Não
se discutem propostas para tentar, pelo menos, minimizar nossos históricos
problemas, em destaque os relacionados à área social: educação, saúde,
segurança e trabalho.
A
inflação, apesar de maquiada, voltou a frequentar os supermercados, onde o
remédio receitado pelo governo é a diminuição do consumo.
Há
um desejo generalizado de mudanças. Mas, parece-me, que ele não é captado pelos
partidos políticos. Ou, talvez, eles prefiram fazer ouvidos moucos para os
problemas.
Ninguém
está preocupado com o nosso futuro como nação e, sim, na conquista do poder a
qualquer custo com os minutos da televisão.
Alianças
incompreensíveis para a população estão sendo formadas visando esses objetivos
que, com certeza, nada têm a ver com a desamparada sociedade.
Feridas
causadas por estilhaços morais recentes não foram cicatrizadas, vítimas e
algozes são agora companheiros.
O
mais experiente político profissional desta terra de Cabral, não arrisca
nenhuma previsão com o resultado das próximas eleições.
Todos
concordam que hoje a atual presidente venceria com folga no primeiro turno,
mas, na metade do ano teremos a Copa, quando tudo poderá mudar em termos
eleitorais.
Vaias
e manifestações de rua numa demonstração de profundo descontentamento com a
metodologia dos gastos exorbitantes do dinheiro público, com repercussões na
grande imprensa brasileira e, principalmente, estrangeira, mudarão as posições
das peças do xadrez sucessório.
Que
país é este onde um torneio de futebol decide sobre os nossos destinos?
Este
período de reuniões e mais reuniões, terminará nas “democráticas convenções
partidárias”, não fazendo parte da pauta as discussões de ideias, mas sim, os
processos operacionais do poder.
Ficou
claro que os nossos fisiológicos e ocos partidos políticos não representam a
sociedade, e as forças políticas são regionais, onde cada um cuida da sua roça.
Vivemos
o período do “cretinismo eleitoral”.
Gabriel
Novis Neves
17-03-2014
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