sexta-feira, 4 de abril de 2014

Cretinismo eleitoral

Estamos em pleno período dos acordos partidários que visam, principalmente, tempo de televisão.
Não se discutem propostas para tentar, pelo menos, minimizar nossos históricos problemas, em destaque os relacionados à área social: educação, saúde, segurança e trabalho.
A inflação, apesar de maquiada, voltou a frequentar os supermercados, onde o remédio receitado pelo governo é a diminuição do consumo.
Há um desejo generalizado de mudanças. Mas, parece-me, que ele não é captado pelos partidos políticos. Ou, talvez, eles prefiram fazer ouvidos moucos para os problemas.
Ninguém está preocupado com o nosso futuro como nação e, sim, na conquista do poder a qualquer custo com os minutos da televisão.
Alianças incompreensíveis para a população estão sendo formadas visando esses objetivos que, com certeza, nada têm a ver com a desamparada sociedade.
Feridas causadas por estilhaços morais recentes não foram cicatrizadas, vítimas e algozes são agora companheiros.
O mais experiente político profissional desta terra de Cabral, não arrisca nenhuma previsão com o resultado das próximas eleições.
Todos concordam que hoje a atual presidente venceria com folga no primeiro turno, mas, na metade do ano teremos a Copa, quando tudo poderá mudar em termos eleitorais.
Vaias e manifestações de rua numa demonstração de profundo descontentamento com a metodologia dos gastos exorbitantes do dinheiro público, com repercussões na grande imprensa brasileira e, principalmente, estrangeira, mudarão as posições das peças do xadrez sucessório.
Que país é este onde um torneio de futebol decide sobre os nossos destinos?
Este período de reuniões e mais reuniões, terminará nas “democráticas convenções partidárias”, não fazendo parte da pauta as discussões de ideias, mas sim, os processos operacionais do poder.
Ficou claro que os nossos fisiológicos e ocos partidos políticos não representam a sociedade, e as forças políticas são regionais, onde cada um cuida da sua roça.
Vivemos o período do “cretinismo eleitoral”.

Gabriel Novis Neves
17-03-2014

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