sexta-feira, 25 de abril de 2014

Conceito

“A vida não nos penaliza. Devolve-nos tudo que damos a ela”.
A luta de classes sociais sempre existiu - desde os primórdios da civilização - moldada na cultura religiosa e na educação.
Por este prisma entendemos as permanentes guerras religiosas que até hoje afligem o Oriente, de origem judaico-cristã, e o grande avanço de países portadores de cultura anglicana, que prioriza a educação, despertando sua população para a solidariedade humana.
Disseminaram ideologicamente entre nós que rico não gosta de pobre, ante a nossa insensibilidade social de ajuda aos necessitados.
Mas, esses ricos não são os grandes portadores de fortunas, como banqueiros, grandes industriais e empresários, a turma do agronegócio e políticos com “sorte”...
Esses ricos que dizem não gostar dos pobres são segmentos da classe média, tendo na cabeça os “insensíveis” médicos.
O Brasil, que foi construído nessa última década, é um país com religiosidade, mas sem religião, e onde a educação nunca foi considerada uma política prioritária de governo.
Chego ao consultório no penúltimo dia do ano para trabalhar e, apesar de avisar a minha secretária no dia anterior, não a encontrei.
Estranhei a ausência de uma comunição da sua decisão de faltar ao serviço para, quem sabe, se preparar para as festas do Ano Novo.
Logo me lembrei de que estamos em um país sem educação, onde falta a solidariedade humana.
Médico é considerado rico porque estudou muito e conseguiu vencer em um competitivo mercado de trabalho.
Se fosse funcionário público seria considerado “insensível socialmente”, e colocado em dúvida os seus conhecimentos.
Perdemos definitivamente a luta pela educação e todos os seus subprodutos, que só conseguimos através dela, sendo a maior, a humanização no trato com as pessoas.
Enquanto isso, centenas de leis são fabricadas anualmente objetivando respeito e compreensão aos idosos, solidariedade aos que sofrem, engajamento em programas sociais não oficiais, pois estes não costumam sair do papel.
Como, por exemplo, o Ministério da Saúde, que foi o que teve o maior volume de recursos destinados à área social. No entanto, eles foram desviados para outras ações menos nobres, porém de maior retorno eleitoral.
Falta humanização nesta nação e, repito: “A vida não nos penaliza. Devolve-nos tudo que damos a ela”.

Gabriel Novis Neves
16-03-20143

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