“A
vida não nos penaliza. Devolve-nos tudo que damos a ela”.
A
luta de classes sociais sempre existiu - desde os primórdios da civilização -
moldada na cultura religiosa e na educação.
Por
este prisma entendemos as permanentes guerras religiosas que até hoje afligem o
Oriente, de origem judaico-cristã, e o grande avanço de países portadores de
cultura anglicana, que prioriza a educação, despertando sua população para a
solidariedade humana.
Disseminaram
ideologicamente entre nós que rico não gosta de pobre, ante a nossa
insensibilidade social de ajuda aos necessitados.
Mas,
esses ricos não são os grandes portadores de fortunas, como banqueiros, grandes
industriais e empresários, a turma do agronegócio e políticos com “sorte”...
Esses
ricos que dizem não gostar dos pobres são segmentos da classe média, tendo na
cabeça os “insensíveis” médicos.
O
Brasil, que foi construído nessa última década, é um país com religiosidade,
mas sem religião, e onde a educação nunca foi considerada uma política
prioritária de governo.
Chego
ao consultório no penúltimo dia do ano para trabalhar e, apesar de avisar a
minha secretária no dia anterior, não a encontrei.
Estranhei
a ausência de uma comunição da sua decisão de faltar ao serviço para, quem
sabe, se preparar para as festas do Ano Novo.
Logo
me lembrei de que estamos em um país sem educação, onde falta a solidariedade
humana.
Médico
é considerado rico porque estudou muito e conseguiu vencer em um competitivo
mercado de trabalho.
Se
fosse funcionário público seria considerado “insensível socialmente”, e
colocado em dúvida os seus conhecimentos.
Perdemos
definitivamente a luta pela educação e todos os seus subprodutos, que só
conseguimos através dela, sendo a maior, a humanização no trato com as pessoas.
Enquanto
isso, centenas de leis são fabricadas anualmente objetivando respeito e
compreensão aos idosos, solidariedade aos que sofrem, engajamento em programas
sociais não oficiais, pois estes não costumam sair do papel.
Como,
por exemplo, o Ministério da Saúde, que foi o que teve o maior volume de
recursos destinados à área social. No entanto, eles foram desviados para outras
ações menos nobres, porém de maior retorno eleitoral.
Falta
humanização nesta nação e, repito: “A vida não nos penaliza. Devolve-nos tudo
que damos a ela”.
Gabriel
Novis Neves
16-03-20143
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