A
primeira ação de Mauro Mendes como prefeito de Cuiabá foi semelhante à do
governador Pedro Pedrossian, em 1966, ao assumir o governo do Estado de Mato
Grosso - ainda não dividido.
O
nó da administração pública, historicamente, vem sendo a Saúde Pública. Dessa
forma o gestor tem que demonstrar com atos, e não simplesmente com discursos,
que ela será prioridade para o governo.
Pedro
visitou o Hospital Colônia de Alienados do Coxipó da Ponte. Mauro, o Pronto
Socorro Municipal.
Estes
hospitais passaram para a história como uma verdadeira chaga, fazendo de Cuiabá
uma cidade desumana.
Pedro
também encontrou um “esqueleto” na Rua Treze de Junho e o entregou equipado e
funcionando para a Sociedade Beneficente e Maternidade de Cuiabá – o Hospital
Geral e Maternidade, hoje transformado em Hospital Geral Universitário (HGU).
Ainda
criou em Cuiabá a Escola de Medicina, implantada pela Universidade Federal de
Mato Grosso (UFMT).
Mauro,
ao visitar o Hospital do Pronto Socorro, reproduziu o compromisso de um líder
comprometido com transformações.
Em
1966 tivemos um governador que priorizou a Saúde Pública, não apenas
construindo hospitais, mas, principalmente, formando e qualificando recursos
humanos para o atendimento à saúde, valorizando os seus profissionais e
favorecendo a população, não apenas de Cuiabá, mas de toda a região.
Mauro
Mendes com o seu gesto demonstrou todo o seu empenho em recuperar a nossa
debilitada assistência médica.
É
bom ressaltar que o seu compromisso em contratar, de imediato, médicos
concursados e de abrir novos concursos, são sinais que indicam que ele irá
valorizar os profissionais da saúde. Além disso, deixou bem claro que o mérito
pessoal será a única porta de entrada ao serviço público.
O
novo prefeito precisa de uma trégua para materializar suas intenções, pois no
serviço público, além do excesso de burocracia, existem os tais dos interesses
menores, ou pessoais. Esses fatores funcionam como um desacelerador no entusiasmo
de um administrador empreendedor.
Espero
que a renovada Câmara de Vereadores não imite práticas obsoletas de um passado
recente onde imperava a lei do Gerson.
A
população está atenta e acompanhando esses primeiros passos da nova
administração. Espera, realmente, que ela tenha vindo para prestar serviços ao
público - seu único patrão.
Qualquer
obstáculo criado no legislativo municipal ao desenvolvimento da nossa cidade, o
prefeito tem o dever de informar a sociedade pagadora de impostos.
O
legislativo não deve abrir mão da sua prerrogativa de fiscalizar os atos do
executivo, assim como denunciar, e não negociar, possíveis equívocos.
Não
desejamos uma Câmara tal qual uma vaquinha de presépio.
O
político sabe que não pode navegar contra a vontade popular.
O
executivo municipal não pode, nem deve ficar refém dos interesses pessoais e
vícios do passado.
Se
for necessário resistir para implantar programas para beneficiar Cuiabá, o
prefeito tem a obrigação de esclarecer a opinião pública sobre a verdade dos
fatos.
Até
hoje não foi explicado oficialmente os verdadeiros motivos da renúncia do
vice-prefeito, assim como o porquê do “abandono” de dois vereadores do partido
do prefeito para a oposição, na polêmica eleição da Mesa Diretora do
Legislativo Municipal.
As
ruas sabem, mas o executivo municipal se cala.
Medo
de um impeachment? Esqueceram que o povo unido jamais será vencido?
Pedrossian,
por duas vezes contrariou interesses do legislativo estadual. Sofreu processos
de cassação, que foram invibializados pela vontade popular. E, com isso o
enfraquecido legislativo estadual ficou desmoralizado.
Mauro
Mendes é um executivo independente, e jamais aceitará ser um prefeito
prisioneiro dos devotos de São Francisco.
Há
muita semelhança nos posicionamentos políticos de 1966 e 2013.
Torço
para não sofrer decepções.
Gabriel Novis Neves
03-01-2013
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