A
atual presidente foi apresentada ao Brasil pelo ex como a gerentona. A mulher
competente que trabalhava com metas e atingia resultados. Há dez anos faz parte
do primeiro time do governo brasileiro.
Iniciou
sua trajetória federal no então problemático Ministério das Minas e Energia dos
apagões desmoralizadores.
Ao
deixar o ex-Ministério dos apagões para assumir o cargo de capitão do time do
Planalto - devido ao impedimento do seu titular absoluto José Dirceu -,
declarou que o problema energético brasileiro estava resolvido. O slogan
de então era: “Apagão nunca mais”.
Logo
recebeu do “Cara do Obama,” o carinhoso apelido de Mãe do PAC I e PAC II
(Programa de Aceleração do Crescimento).
Os
“paquinhos,” como ficaram conhecidos os PACs, estão de há muito na UTI, lutando
pelo seu crescimento que, até o momento, está sendo um fiasco.
Famosa
como gerentona e Mãe dos PACs, foi fácil ao ex-presidente lançá-la como sua
sucessora, passando por cima da tradição do ex-partido da ética na escolha dos
seus dirigentes majoritários.
Com
esse currículo foi-lhe fácil ocupar o trono do seu padrinho político e
patrocinador.
A
vida, no entanto, nos reserva certas surpresas desconfortáveis. Em dois anos de
mandatária-mor pelos destinos desta nação, assistiu à desnutrição dos seus
“paquinhos” e, agora, enfrenta a crise do apagão, que havia sido extirpada por
ela quando no Ministério das Minas e Energia, segundo ampla divulgação pelas
mídias.
A
Revista Veja publicou um quadro interessante na sua edição 2.304 com relação às
metas propostas pela presidente e os resultados alcançados na metade do seu
governo. Alguns setores foram escolhidos para a publicação.
-
Energia: o governo não conseguiu alcançar as metas propostas, e o desempenho
ficou abaixo do esperado. Os apagões são cada vez mais frequentes em todo o
território nacional, foi o fruto não esperado.
-
Rodovias: aquelas prometidas não foram completadas. O desempenho do governo
nesse setor foi considerado baixo.
-
Impostos: a meta proposta seria a redução da carga tributária. Não há sinais de
economia nos gastos correntes, e a meta não foi alcançada.
-
Habitação: para atingir a meta de 3.4 milhões de habitações até 2014, o governo
terá que fazer o dobro do prometido na metade do tempo. A cotação nesse setor é
baixa.
-
Aeroportos: para a meta ser atingida vai exigir do governo uma eficiência
inaudita. Em Confins, pouco mais de 10% das obras de modernização para a Copa
foram concluídas. O resultado é baixo.
-
Creches: a meta do governo seria licitar e construir 6.000 creches até 2014. Em
dois anos o governo federal construiu apenas vinte. Nesse ritmo seriam
necessários 600 anos para atingir a meta de 6.000 unidades prometidas para
2014.
-
Saúde: foram prometidos 8.000 postos de saúde. Somente foram inaugurados 1.238.
Para chegar à meta proposta o governo precisará trabalhar em um ritmo 450%
maior do que o mostrado até agora.
-
Ferrovias: a meta prometida era conceder à iniciativa privada doze trechos de
ferrovias, em um total de 10.000 quilômetros. Se as licitações começarem mesmo
em abril, a meta será viável.
Como
se vê, a nossa gerente-faxineira não está conseguindo cumprir suas metas. Com
esse desempenho do governo federal fica difícil cobrar dos Estados e Municípios
o cumprimento das metas que o governo federal repassou.
Números
só servem mesmo para atrapalhar a eficiência do governo.
Mais
uma vez, fica valendo o adágio popular:
“Falar
é fácil, difícil é fazer”.
Gabriel Novis Neves
14-01-2013
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