quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

RESULTADOS DE METAS


A atual presidente foi apresentada ao Brasil pelo ex como a gerentona. A mulher competente que trabalhava com metas e atingia resultados. Há dez anos faz parte do primeiro time do governo brasileiro.
Iniciou sua trajetória federal no então problemático Ministério das Minas e Energia dos apagões desmoralizadores.
Ao deixar o ex-Ministério dos apagões para assumir o cargo de capitão do time do Planalto - devido ao impedimento do seu titular absoluto José Dirceu -, declarou que o problema energético brasileiro estava resolvido.  O slogan de então era: “Apagão nunca mais”.
Logo recebeu do “Cara do Obama,” o carinhoso apelido de Mãe do PAC I e PAC II (Programa de Aceleração do Crescimento).
Os “paquinhos,” como ficaram conhecidos os PACs, estão de há muito na UTI, lutando pelo seu crescimento que, até o momento, está sendo um fiasco.
Famosa como gerentona e Mãe dos PACs, foi fácil ao ex-presidente lançá-la como sua sucessora, passando por cima da tradição do ex-partido da ética na escolha dos seus dirigentes majoritários.
Com esse currículo foi-lhe fácil ocupar o trono do seu padrinho político e patrocinador.
A vida, no entanto, nos reserva certas surpresas desconfortáveis. Em dois anos de mandatária-mor pelos destinos desta nação, assistiu à desnutrição dos seus “paquinhos” e, agora, enfrenta a crise do apagão, que havia sido extirpada por ela quando no Ministério das Minas e Energia, segundo ampla divulgação pelas mídias.
A Revista Veja publicou um quadro interessante na sua edição 2.304 com relação às metas propostas pela presidente e os resultados alcançados na metade do seu governo. Alguns setores foram escolhidos para a publicação.
- Energia: o governo não conseguiu alcançar as metas propostas, e o desempenho ficou abaixo do esperado. Os apagões são cada vez mais frequentes em todo o território nacional, foi o fruto não esperado.
- Rodovias: aquelas prometidas não foram completadas. O desempenho do governo nesse setor foi considerado baixo.
- Impostos: a meta proposta seria a redução da carga tributária. Não há sinais de economia nos gastos correntes, e a meta não foi alcançada.
- Habitação: para atingir a meta de 3.4 milhões de habitações até 2014, o governo terá que fazer o dobro do prometido na metade do tempo. A cotação nesse setor é baixa.
- Aeroportos: para a meta ser atingida vai exigir do governo uma eficiência inaudita. Em Confins, pouco mais de 10% das obras de modernização para a Copa foram concluídas. O resultado é baixo.
- Creches: a meta do governo seria licitar e construir 6.000 creches até 2014. Em dois anos o governo federal construiu apenas vinte. Nesse ritmo seriam necessários 600 anos para atingir a meta de 6.000 unidades prometidas para 2014.
- Saúde: foram prometidos 8.000 postos de saúde. Somente foram inaugurados 1.238. Para chegar à meta proposta o governo precisará trabalhar em um ritmo 450% maior do que o mostrado até agora.
- Ferrovias: a meta prometida era conceder à iniciativa privada doze trechos de ferrovias, em um total de 10.000 quilômetros. Se as licitações começarem mesmo em abril, a meta será viável.
Como se vê, a nossa gerente-faxineira não está conseguindo cumprir suas metas. Com esse desempenho do governo federal fica difícil cobrar dos Estados e Municípios o cumprimento das metas que o governo federal repassou.
Números só servem mesmo para atrapalhar a eficiência do governo.
Mais uma vez, fica valendo o adágio popular:
“Falar é fácil, difícil é fazer”.

Gabriel Novis Neves
14-01-2013

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