O
mundo só se abre para quem se abre para ele.
Talvez
uma das coisas mais desastrosas que acontece na velhice seja o encaramujamento
que costuma ocorrer com o passar dos anos.
Dados
os inúmeros desencantos já vividos, gradativamente nos tornamos mais medrosos e
menos abertos à perspectiva do novo.
Esse
tipo de conduta exacerba a solidão natural a que somos submetidos pela vida
afora, seja porque os filhos e netos cresceram e têm a sua própria vida, seja
porque não nos preparamos com antecedência para abrir leques com novas opções.
Tudo
isso, se não estivermos atentos, vai trazendo cada vez mais sentimentos
negativos e desinteresse progressivo pela vida, o que só piora essa passagem
por anos tão diferenciados.
Época
em que ler os obituários se torna frequente, difícil encarar o espelho sem
tristeza e, pior ainda, que a sedução, mote de toda uma vida, já não existe
como arma poderosa.
Imediatamente
outros valores terão que ser colocados e, graças a isso, cada pessoa terá a
velhice que merece.
Apelar
para a compaixão de entes próximos é sempre a pior opção, já que eles, por
melhores que sejam, estão absortos nos próprios problemas e de seus
descendentes.
Forças
enormes têm que estar presentes para que as emoções trazidas pelo novo não
sejam descartadas.
E
o melhor é que há sempre muita coisa nova dentro de nós e ainda não percebida,
na maioria das vezes, por pura inércia.
Novas
amizades, novas descobertas pessoais, novos modos de vida e, porque não, novos
amores?
O
importante não é encontrar, o importante é estar aberto a essa busca!
Não
fazer do parecer jovem uma obsessão, e sim, acumular sabedoria para envelhecer
jovialmente, deve ser a meta de todos.
Que
o Ano Novo nos permita essas reflexões ao invés de atribuir os nossos
desencantos ao peso dos quilos que não perdemos, à plástica que não fizemos e
aos modismos com os quais não concordamos.
Aí
sim, um FELIZ 2013!
Gabriel Novis Neves
16-12-2012
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