Fui
criado com uma grande dose de autoestima - sempre levado a me considerar um
gigante. Imagino que daí tenha surgido vários comportamentos na minha vida
adulta.
A
hipótese de que algo pudesse não dar certo era sempre a última cogitada.
Portanto, a palavra “não”, funcionava como a pior das opções.
Aprendi
desde muito cedo que obedecer às leis da sobrevivência deve ser a nossa meta
prioritária. Como passei a vida basicamente dependendo de mim mesmo, fui
adquirindo certos reflexos condicionados que me protegiam contra certos
acontecimentos e pessoas pouco benéficos.
Do
nosso cérebro chegam todas as ordens que, sob certo aspecto, determinam o maior
ou menor grau de felicidade que podemos tirar da vida.
Aprendi
que comportamentos histeroides, que buscam atenção por meio de chantagem
afetiva, têm sempre efeitos contrários.
Os
circunstantes, tanto familiares quanto amigos, estão pouco interessados nas
nossas dores e angústias.
Isso
só serve para irritá-los e mostrar a nossa fragilidade, característica sempre
menosprezada.
Não
por acaso, o nosso dia a dia é povoado por palavras como “arrasar, bombar,
detonar”, que aparecem como símbolos de sucesso e força.
Aprendi
que para que alguém se sinta bem, é importante que ele também passe essa
sensação para o outro.
Não
raro sentimos que determinada pessoa não nos traz bons fluidos, exatamente
porque detectamos bloqueadas as suas trocas energéticas.
Isso
faz todo sentido, uma vez que o universo está conectado pela mesma matéria
orgânica, e nada mais somos que poeira das estrelas.
Aprendi
durante a vida que “mens sana in corpore sano”, tem sido o meu lema.
Observei
também que, quem me passou esses conceitos teve 92 anos de vida plena, sem
percalços físicos ou mentais, apesar das dificuldades que permeiam a vida de
todos nós.
Aprendi
que, ao passar isso para amigos, clientes e descendentes, consegui tornar os
que estavam à minha volta bem mais resolvidos e, por conseguinte, mais saudáveis.
Cultivar
o “sim” é uma arte e, mais do que isso, é uma filosofia de vida.
É
sábio o dito popular quando sugere que “faça sempre de um limão, uma bela
limonada”!
Por
essa razão sempre me pergunto se cada um de nós não tem a velhice que merece:
sempre antenado, com alto astral, sem atitudes de compaixão ou como símbolo de
um fardo difícil de ser levado por si mesmo e, principalmente, pelos que estão
à sua volta.
Falar
de dores, já que elas são inevitáveis, é realmente ser velho.
Essa
divagação é o meu “aprendi”.
Gabriel Novis Neves
08-01-2013
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