Existem
políticos que ao deixarem seus cargos eletivos apresentam altos níveis de
aprovação popular. A pesquisa é feita por vários institutos e é paga com
recursos dos cofres públicos.
Ultimamente,
esses generosos indicadores de prestígio popular estão sempre beirando a casa
dos cem por cento.
O
pior é que esses bestalhões acreditam piamente nos resultados, e daí para
frente passam a pertencer à seleta classe dos brasileiros que “não são qualquer
um”, como dizia um ex-presidente comentando sobre deslizes éticos de um seu
coleguinha ex.
Com
o passar dos meses, começam a aparecer o lixo da hipocrisia dos idolatrados
pelas pesquisas de opinião, e os seus níveis de popularidade somente são visíveis
ao microscópio.
Muitos
encerram no mais terrível ostracismo a sua artificial e esplendorosa carreira
política, assentada em pesquisas de opinião púbica feitas em laboratórios
especializados em inflar o ego dos ególatras.
“O
tempo é o senhor da verdade” - declamava um ex-presidente da República
despejado do poder, e hoje líder dos seus decadentes algozes.
E
o tempo muitas vezes determina o encerramento das suas “meteóricas carreiras
políticas”.
O
inverso da medalha.
Há
políticos que ao concluírem os seus mandatos, executivos principalmente, com
rejeição popular chegando às proximidades da unanimidade pelos ditos Institutos
de Pesquisas pagos pelos seus adversários políticos e com ampla divulgação pela
mídia, após alguns dias fora do poder, dão sinais de recuperação popular.
Com
o tempo a poeira negativa da opinião pública divulgada pela mídia, qual uma
nuvem passageira, desaparece, e mostra, não o céu azul, porém a lisura do
desempenho do desocupante do cargo público.
O
fenômeno Chico Galindo enquadra-se perfeitamente nessa metáfora.
Herdou
um presente de grego do seu antecessor.
Exerceu
uma sobra de mandato, bem inferior aos quatro anos, que é o período que um
prefeito, governador e presidente da República recebem dos eleitores para
demonstrar a sua integridade de caráter na gestão da coisa pública.
Para
os que não conheciam o Chiquinho, ele foi a agradável surpresa de bom
administrador, enfrentando dificuldades jamais enfrentadas por qualquer outro
ocupante do Palácio Alencastro.
Não
estava alinhado com o governo do Estado, tampouco com o governo federal.
Pertence
a um partido mediano, cujo Presidente denunciou os escândalos que ele chamou de
Mensalão - resultado que todos nós conhecemos.
Minoria
na Câmara dos Vereadores, sem apoio dos deputados estaduais, federais e
senadores.
A
imprensa escrita, falada e televisada foram cruéis com ele com seus ataques
diários.
Mesmo
com toda essa adversidade, não deixou ir à óbito a cidade moribunda.
Passa
de mãos limpas as chaves da cidade ao seu sucessor, com o respeito dos cidadãos
da terra de Rondon.
Parabéns,
Chiquinho!
A
população desta cidade, que é sua também, conquistada por méritos pessoais
pelos inúmeros serviços prestados, lhe agradece.
Os
sinais e os sintomas da sua aprovação só não percebem os pobres de espírito.
A
luta continua, pois a população precisa de líderes competentes de mãos limpas.
Gabriel Novis Neves
27-12-2012
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