Através
dos séculos a humanidade vem caminhando pelos vários “ismos”.
Vivenciamos
o escravagismo, o feudalismo, o comunismo, o socialismo, o capitalismo, o
liberalismo e, com o aparecimento das sociedades de mercado, o consumismo,
igualmente nefasto como todos os outros, principalmente no tocante à
progressiva perda de valores éticos e morais.
A
aquisição indiscriminada dos chamados bens de consumo passou a ser o foco
principal na vida de todos numa sociedade que precisa vender e, portanto,
“fabricar” a cabeça de seus compradores. Dessa maneira, nossos descendentes, ao
contrário de nós, têm pressa em acúmulos rápidos de fortunas a qualquer preço,
a fim de que sejam satisfeitas as necessidades desse novo voraz mercado.
As
gerações passadas se contentavam com uma melhora progressiva de sua situação
material, sempre pautada em muito trabalho e, como os bens adquiridos não eram
tão descartáveis, chegavam à maturidade na certeza plena de terem feito o
melhor para si e para os seus familiares.
Com
a alta tecnologia, tudo fica obsoleto em pouco tempo e, portanto, estamos
sempre precisando de novos carros, novas casas, novos barcos, novos
eletrodomésticos, novos eletrônicos, enfim, novos objetos de um suposto
encantamento sempre muito fugaz.
Como
esse dito sucesso tão almejado poucas vezes ocorre, passamos a fazer parte de
um mundo invadido pelos tranquilizantes, pelas drogas alucinógenas, por toda
uma gama de artifícios que minimizem a nossa ansiedade na busca desses valores.
Essas
mudanças vêm afetando seriamente os comportamentos humanos e a cada dia a
conquista do que se propõe como sucesso, fica mais difícil, principalmente aos
mais jovens.
Como
somos um país novo, ainda estamos muito impregnados com as várias
quinquilharias com as quais nossos colonizadores nos encantavam.
Talvez
em virtude disso, em pleno século XXI ainda sejamos fascinados pelos templos do
consumismo tais como os que existem em New York, Miami e, mais recentemente, em
Dubai.
Já
temos o triste título de povo mais consumista do mundo, e dessa forma venerado
como salvador das economias em crise.
Que
as pessoas se conscientizem que viagens são o melhor investimento que podemos
fazer em nós mesmos, desde que elas sejam feitas em busca do enriquecimento
cultural de que tanto necessitamos.
Sou
um otimista praticante e creio na humanidade a caminho de um novo “ismo” que a
ela proporcione os verdadeiros prazeres de uma vida plena, sem a angústia na
busca de uma felicidade artificialmente fabricada.
Gabriel Novis Neves
15-01-2013
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