É
normal que, após as festanças de final de ano, os mato-grossenses voltem aos
seus trabalhos um tanto quanto desanimados - mesmo sabendo que estamos em
preparativos para a nossa festa maior, o Carnaval.
Acho
que não há motivos para essa letargia, pois esse ano, e o próximo, prometem
mais festas - com o acréscimo dos jogos das Confederações e da Copa do Mundo a
nossa carregada agenda de folias será aumentada com os feriados esticados.
Selecionei
algumas notícias e decisões políticas que foram divulgadas neste início de ano
para levantar o astral da nossa gente.
Mesmo
impopulares todas elas foram tomadas para melhorar a vida dos mais
necessitados.
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54.5% dos médicos recém-graduados no Brasil não apresentam condições técnicas
para o exercício profissional. Necessitam de uma boa residência médica para, só
então, entrar no mercado de trabalho. Acontece que necessitaríamos de 6.000
vagas para abrigar os novos médicos que estão fora da residência médica por absoluta
falta de vagas.
Sem
qualificação, muitos procuram o nosso vasto interior, onde há escassez de
médicos, ou ficam na periferia das grandes cidades sendo explorados, pois este
tipo de médico é mão de obra barata.
Médicos
e pacientes são as vítimas dessa perversa política educacional brasileira.
E
a presidente já informou o seu desejo de criar mais 4.500 vagas para novos
médicos até 2014, coincidentemente ano eleitoral.
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A Câmara dos Deputados Federais em Brasília, contratou os serviços de uma
engraxataria para lustrar os sapatos dos deputados, assessores e funcionários
daquela Casa de Leis, pagando a bagatela de oito mil e setecentos reais por
dia.
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A nossa Assembleia Legislativa aprovou a lei 9.866 de 27 de dezembro de 2012,
aumentando a verba indenizatória dos deputados de 15 mil reais para 35 mil
reais.
É
bom esclarecer que essa verba indenizatória não é para atender o gabinete do
deputado, e sim, para inflar o seu salário, já que, sobre ele, não incide o
imposto de renda.
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Matemáticos calculam que cada deputado estadual custará por ano aos cofres
públicos cerca de 53 milhões de reais, pouco menos de 4 milhões e 500 mil
mensais.
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Essa lei do aumento da verba indenizatória, tem um efeito cascata sobre outros
poderes.
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Na Câmara de Vereadores de Cuiabá, cada representante do povo contará com 15
mil reais por mês para se deslocar pelos nossos bairros.
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Do orçamento da Secretaria Estadual de Educação, 90% dos seus recursos são
destinados ao pagamento de pessoal, sendo que faltam professores em salas de aulas.
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A Câmara Municipal de Cuiabá ao apagar das luzes do ano legislativo, aprovou
aumento do IPTU e dos salários dos nossos vereadores.
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A nova Mesa Diretora achou ilegal o aumento do IPTU, alegando tramitação ilegal
a correção do imposto, e não dos seus salários.
Pelo
exposto, não há motivos para esse mau-humor reinante na cidade.
Mesmo
com a volta do apagão, tudo caminha às mil maravilhas.
Temos
motivos de sobra para, animados, esperarmos por dias melhores.
Gabriel Novis Neves
11-01-2013
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