quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Saúde


Tem tanta gente se apropriando indevidamente da estrondosa vitória municipal sobre a fracassada tese do alinhamento político, que me animei a dar o meu pitaco.
Analisar o acontecido sempre foi das tarefas, a mais fácil.
Em minha opinião quem elegeu o Mauro Mendes foram os pobres de Cuiabá, aqueles que precisam dos serviços da prefeitura.
O resto é discussão para botequim, para lamber as feridas que uma derrota verticalizada causa nas vítimas crentes do poder das máquinas governamentais, que não pouparam combustível no período eleitoral.
Agora que a poeira está assentando, a função do novo prefeito é trabalhar e resolver imediatamente o drama da saúde pública em Cuiabá.
Os pobres estão sofrendo tanto, que não suportam planejamentos de benefícios tardios e duvidosos.
O Mauro, no dia da sua posse, tem que demonstrar que a sua prioridade é a saúde, tomando medidas concretas e fulminantes.
Nada de cair na mesmice de administrações passadas, empurrando o problema com a barriga e pedindo paciência para aqueles que nem esperanças mais têm de viver.
Embora contra a vontade de “Deus”, essa situação exige uma resposta urgente, correndo o risco de o novo governo municipal perder a credibilidade.
Abra de imediato o orçamento municipal e pague os salários atrasados de médicos e trabalhadores da saúde.
Quite as dívidas com os fornecedores, assim como, resolva a dívida com os hospitais filantrópicos e privados da cidade, após rigorosa auditoria realizada por empresa de inegável credibilidade.
Compre medicamentos básicos para os postos de saúde e outros insumos essenciais.
A partir dessas medidas, exija resultados.
Ouço rumores de uma lista enorme de futuros candidatos a ocuparem a secretaria da saúde, cujos problemas não resolvidos decidiram as eleições na minha cidade.
A total incompetência e falta de sensibilidade social dos governos estadual e federal, foi o fator preponderante para a vitória dos pobres.
A saúde municipal passou esses últimos anos na UTI da vergonha, só não deixando morrer os insuficientes serviços da saúde.
Mauro, não perca tempo escolhendo o seu secretário de saúde. O organograma da secretaria é suficientemente obeso para fazer a máquina burocrática andar.
Assuma você próprio o cargo de secretário de saúde do nosso município.
Crie no seu gabinete um departamento de saúde, para receber as informações, cujo diagnóstico você teve a oportunidade de fazer durante a sua campanha.
Coloque imediatamente o que existe funcionando, e bem, mesmo para atender somente ao pobre, pois rico trata em São Paulo naquele hospital que “Deus” frequenta.
Técnico não decide. Essa função é do político nomeado pela população e nascido nas urnas.
A sugestão que coloco em discussão nem é original. Basta conhecer um pouco de história do Brasil e dezenas de exemplos desse tipo serão identificados.
Quando o poderoso Estado de São Paulo decidiu implantar o maior e melhor hospital da América Latina, o seu Hospital das Clínicas (HC), isso só foi possível porque o governador do Estado à época colocou a responsabilidade pelo bom funcionamento e construção do hospital no seu gabinete.
JK construiu Brasília sendo o responsável direto por tudo que acontecia com o projeto.
O que é bom tem que ser copiado.
Assuma a Secretaria de Saúde de Cuiabá, prefeito Mauro Mendes.
Não terceirize a maior esperança dos pobres que precisam dos serviços eficientes da prefeitura.
Acumule de imediato essa função para salvar o seu governo e cumprir com a promessa da campanha, que era a de transformar um sistema caótico e criminoso de atendimento aos doentes pobres em prioridade.

Gabriel Novis Neves
04-11-2012

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