Considero
a hipocrisia uma doença gravíssima, de causa desconhecida e sem possibilidade
de tratamento.
Talvez
seja a doença do século, cuja disseminação atinge, principalmente, pessoas
adultas.
Não
há relato na literatura de crianças com essa patologia.
Atinge
com virulência todas as classes sociais, e os seus sinais e sintomas são os
mais abundantes possíveis, embora de fácil diagnóstico.
A
sua transmissão também é pouco conhecida, chegando, às vezes, a surpreender os
organicistas. Muitos falam em falha genética, não necessariamente
presentes em seus ancestrais.
Infelizmente
o portador da hipocrisia não percebe o seu mal e continua por aí num bem bom.
Incomoda
a muitos, mesmo à distância.
Esses
pacientes criam um mundo à parte para sobreviverem e passam os seus dias por
lá, confortavelmente - e até se reproduzem com facilidade.
O
cérebro é o órgão lesionado, onde todos os valores da vida são destruídos. Não
produz alterações funcionais e morfológicas em outros órgãos do corpo humano.
É
uma doença não transmissível aos animais.
A
hipocrisia tem um amplo quadro clínico, podendo ser notado em um simples olhar
e até em um beijo.
Em
nosso país essa doença, que não possui fronteiras, encontrou o seu habitat
predileto, pois fomos descobertos por acaso.
É
o chamado ‘acaso’ e ‘coincidência’ os alimentos principais daquilo que bem
antigamente chamávamos de mentira. Por mutação chegamos à hipocrisia,
presente em todos os setores da nossa vida.
Já
tentaram aferir a hipocrisia por modernos instrumentos, como o desconfiômetro,
embora sem sucesso.
Em
minha opinião, quem melhor definiu a hipocrisia foi Abraham Lincoln
(1835-1865).
“Hipócrita
é o homem que matou os pais e pede clemência alegando ser órfão.”
A
hipocrisia é uma doença tão cruel, que todo cuidado com ela é pouco.
“De
tanto fingir, a pessoa hipócrita se torna o que finge ser.”
Gabriel Novis Neves
01-11-2012
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