A
economia e sua administração pessoal e coletiva, sempre foram um grande desafio
para a humanidade.
Vivemos
décadas atormentados pelo desgaste da inflação que deixava todos e
particularmente os menos abastados, em situação desesperadora.
Felizmente
nos últimos anos, os índices têm se mantido razoavelmente controlados,
permitindo que as pessoas consigam se programar no tocante às suas
previsões financeiras, por um médio e curto prazos. Afinal, somos um país
jovem, que ainda não está pronto.
Entretanto,
países ditos prontos, com a crise mundial, estão vivenciando momentos
dramáticos na sua economia, o que até há alguns anos, era difícil de ser
imaginado.
Toda
essa volatilidade do sistema econômico e a insegurança por isso gerada vêm
modificando as pessoas no referente aos seus gastos.
Nossos
pais e avós não se permitiam viver sem uma poupança, sempre com perspectivas
futuras enquanto nossos filhos de um modo geral, vivem no imediatismo da
cultura do ter.
Numa
observação mais acurada, identificamos quatro tipos de pessoas no nosso
convívio diário, a saber:
As
ricas pobres que causam um grande pesar dado a sua personalidade anal
retentiva, tão bem descrita por Freud.
Fazem
do acúmulo financeiro, a sua meta de vida e transformam suas existências num
grande monumento a serviço do dinheiro, não conseguindo assim usufruir o que
eles passaram a vida construindo.
Os
pobres pobres, que como os acima mencionados, vivem na mais absoluta miséria só
que por razões reais e palpáveis que os diversos sistemas econômicos mundiais
não conseguem resolver.
Os
ricos ricos, ínfima minoria, esses sim, conseguem montar os seus opulentos
castelos não para serem invejados, mas para viverem com intensidade, tudo que o
dinheiro pode trazer e que infelizmente, não é pouco em grande parte das
sociedades atuais que vivem em função do ter.
Finalmente
os pobres ricos, parcela enorme da população, principalmente brasileira que não
vislumbrando nenhuma possibilidade de crescimento econômico, trucida seus
minguados salários, sem culpa, abastecendo-se de bens e mimos que serão pagos
com juros altíssimos, pela vida afora.
É
um tipo de filosofia a ser considerada pelos mais pragmáticos, já que para
eles, o futuro é sempre hoje.
Enfim,
uma boa relação com dinheiro demanda reflexões constantes e principalmente
despojamento com relação a bens materiais trazidos como falsa bagagem ao longo
da existência.
Gabriel Novis Neves
14-11-2012
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