Entra
ano sai ano e a tragédia da destruição da nossa Floresta Amazônica continua e
atinge de forma impiedosa o nosso Estado.
Segundo
a jornalista Amanda Alves, “o trabalho das motosserras, que antes era
restrito a Sorriso (420 km ao norte da Capital), hoje alcança Feliz Natal (536
km ao norte da Capital) e ameaça os limites das terras indígenas, como o Parque
Indígena do Xingu.”
Perdemos
nos últimos anos cinquenta por cento da nossa floresta do Nortão.
Recebemos
o maior prêmio nacional de desrespeito pela natureza, a ‘Motosserra de Ouro’, e
continuamos à procura de novos recordes.
Os
governos estadual e federal não fazem outra coisa a não ser desmentir essa
primitiva realidade de destruição da nossa floresta - quando cobrado pelos
órgãos internacionais de preservação da natureza.
Existe
uma insuportável tolerância para os matadores das nossas árvores e florestas,
que são transformadas em madeira e negócios com produção de alimentos.
Isso
não acontece por acaso. Existe, no mínimo, negligência dos governos na
fiscalização desse crime ambiental.
Quando
a crise foge do controle do governo, cria-se uma dessas famosas operações com
nomes apelativos em termos de marqueting.
A
mais recente que tive conhecimento, foi a operação “Soberania Nacional”, onde
os empregados do governo constataram o óbvio: “A destruição programada da
nossa maior riqueza - a natureza.”
O
poder político e econômico em Mato Grosso está nas mãos do pessoal do
agronegócio e dos donos de serrarias.
A
nossa floresta amazônica ainda não conhecida está se transformando em uma
enorme fazenda de soja e comércio de exportação de madeiras nobres.
A
queima daquilo que sobrou da floresta é responsável pela morte de várias
espécies de vegetais, insetos e mamíferos que vivem na área.
É
muito triste constatar que um Estado com um potencial incalculável doado pela
natureza, seja dizimado com as bênçãos do poder público.
Triste
garimpo será Mato Grosso do futuro!
Gabriel Novis Neves
04-11-2012
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