domingo, 25 de novembro de 2012

DESMATAMENTO


Entra ano sai ano e a tragédia da destruição da nossa Floresta Amazônica continua e atinge de forma impiedosa o nosso Estado.
Segundo a jornalista Amanda Alves, “o trabalho das motosserras, que antes era restrito a Sorriso (420 km ao norte da Capital), hoje alcança Feliz Natal (536 km ao norte da Capital) e ameaça os limites das terras indígenas, como o Parque Indígena do Xingu.”
Perdemos nos últimos anos cinquenta por cento da nossa floresta do Nortão.
Recebemos o maior prêmio nacional de desrespeito pela natureza, a ‘Motosserra de Ouro’, e continuamos à procura de novos recordes.
Os governos estadual e federal não fazem outra coisa a não ser desmentir essa primitiva realidade de destruição da nossa floresta - quando cobrado pelos órgãos internacionais de preservação da natureza.
Existe uma insuportável tolerância para os matadores das nossas árvores e florestas, que são transformadas em madeira e negócios com produção de alimentos.
Isso não acontece por acaso. Existe, no mínimo, negligência dos governos na fiscalização desse crime ambiental.
Quando a crise foge do controle do governo, cria-se uma dessas famosas operações com nomes apelativos em termos de marqueting.
A mais recente que tive conhecimento, foi a operação “Soberania Nacional”, onde os empregados do governo constataram o óbvio: “A destruição programada da nossa maior riqueza - a natureza.”
O poder político e econômico em Mato Grosso está nas mãos do pessoal do agronegócio e dos donos de serrarias.
A nossa floresta amazônica ainda não conhecida está se transformando em uma enorme fazenda de soja e comércio de exportação de madeiras nobres.
A queima daquilo que sobrou da floresta é responsável pela morte de várias espécies de vegetais, insetos e mamíferos que vivem na área.
É muito triste constatar que um Estado com um potencial incalculável doado pela natureza, seja dizimado com as bênçãos do poder público.
Triste garimpo será Mato Grosso do futuro!

Gabriel Novis Neves
04-11-2012

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