O
governo atual resolveu levantar os tapetes do palácio em uma demonstração de
forte oposição ao governo passado. Nunca imaginei que se pudesse encontrar
tanta sujeira escondida. O interessante é que o atual mandatário foi vice do
governador anterior.
Em
doses homeopáticas a imprensa vai anunciando, para decepção de milhares de
mato-grossenses, os bagulhos ali encontrados.
Esse
lixo da vergonha deverá ser retirado do governo em um treminhão, tão comum nas
rodovias mato-grossenses.
Criticar
sempre foi tarefa fácil, especialmente para quem está no poder cercado por
aquela gente.
A
desconstrução de uma vida honrada, quando não interessa aos poderosos, é feita
em segundos.
Mesmo
com o arrependimento tardio, o mal feito não tem retorno.
Assisti
durante esses últimos anos tantas destruições de pessoas sem sujeira debaixo do
tapete, que abandonei a vida pública por puro desencanto.
A
moeda tem duas caras. É triste verificar que na política a preferência é pelas
moedas podres.
Até
quando seremos esse país conhecido mundialmente pelo seu potencial econômico e
métodos não republicanos dos seus políticos na arte de governar?
Valorizamos
a nossa balança comercial e nem nos lembramos do nosso atraso educacional e,
principalmente, cultural.
Um
dos fatos mais marcantes que observei no início da minha vida pública foi o
número de bibliotecas do governo na área rural da Romênia.
E
não eram puxadinhos construídos de qualquer jeito e com livros doados. Eram
verdadeiros palácios, como deve ser tratada a educação e a cultura.
A
vassoura da ética não é a construção de presídios.
Temos
que deixar essa mania de priorizar obras físicas que logo serão abandonadas e
destruídas, pois não educamos as nossas crianças para usufruírem do seu
conforto.
Mas
isso é uma decisão política e que não rende votos.
Enquanto
vivermos nesse atraso insuportável, a sujeira dos negócios inconfessáveis é
jogada para debaixo dos tapetes dos palácios imperiais.
O
mundo vai se modernizando, enquanto caminhamos administrando com mãos de ferro
as nossas capitanias hereditárias.
Gabriel Novis Neves
08-11-2012
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