Quem
não se preocupa com a cidade onde mora? Todos os detalhes são importantes e
merecem nossa atenção: estado de conservação das calçadas, meio-fio, praças,
ruas, avenidas, becos, ladeiras, iluminação, trânsito, escolas, postos de
saúde, arborização, civilidade dos seus habitantes.
A
limpeza dos logradouros públicos e a sua segurança são mais importantes que a
sua própria beleza estética.
O
desejo de todos nós é que a cidade fosse um espelho da nossa casa.
Infelizmente
isso é tão difícil de acontecer que nos surpreendemos com cidades humanizadas.
Vou
citar um pequeno entulho criado pelo governo municipal de certas cidades para
aumentar a carga tributária dos seus moradores, e só.
Refiro-me
aos amarelinhos que infestam pontos estratégicos desta desordenada capital.
Em
cidade não planejada, com ruelas e trânsito neurótico produtor de traumas,
quando o cidadão necessita, por exemplo, de uma rápida parada em frente a uma
farmácia para a compra de um medicamento, vem a salgada e injustificável multa.
Esses
pequenos detalhes somados, e que fazem o inferno de uma população, sempre são
esquecidos.
Quer
coisa mais desinteressante para o munícipe do que ficar dias a fio ouvindo
promessas e mais promessas de obras físicas faraônicas?
As
pequenas coisas marcam o início das grandes conquistas.
A
própria biologia nos ensina que a vida humana começa com a união de duas
células só visíveis ao microscópio.
Assim,
resolvendo as pequenas coisas de uma cidade, estaremos no caminho da construção
de uma metrópole.
Por
que certas pessoas não percebem como são ridículas, ou pior, por que elas se
prestam a esse papel de cabra-cega? Será, talvez, pela troca de alguma vantagem
pessoal?
Esqueçamo-nos
das frustrações e decepções que sempre temos quando lidamos com o material
humano. Vamos optar por uma cidade melhor para se viver, sem os constantes
assaltos ao dinheiro público ou obras faraônicas de preços misteriosos.
Vamos
esquecer esses velhos figurões da nossa política, que tanto mal causaram e
causam a esta nação. Muitas dessas espécies, ainda existentes, cuidadosamente
são escondidas pelos transitórios poderosos.
Queremos
uma Cuiabá amiga, e não uma cidade siliconada de grande cidade.
Uma
cidade boa para viver e amar.
Gabriel Novis Neves
31-10-2012
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