Fico
envergonhado ao ver uma quantidade enorme de políticos com mandatos
legislativos afastados das suas funções alegando motivos de saúde e, na maior
cara de pau, perambulando pelos mais remotos grotões do nosso país fazendo
campanha política.
Além
do mau exemplo que passam à população, ainda oneram os cofres públicos com a
posse dos seus suplentes e desmoralizam as instituições a que pertencem.
Muitos
desses senhores já exerceram cargos executivos – interessante, se não fosse
cômico.
Eram
extremamente rigorosos com o afastamento dos pequenos servidores por motivo de
saúde e, especialmente intolerantes com as gestantes (período maior de
licença). Neste caso não se pode duvidar: são dois pesos e duas medidas.
Estamos
no início de uma campanha eleitoral e os ‘doentes’ dos legislativos estão
presentes nos arrastões e nas visitas às obras, muitas delas feitas por seus
adversários políticos.
Como
em política o feio é perder, chutam os escrúpulos para o espaço.
Dentro
desse quadro de falta de decoro e vergonha, fica difícil educar uma criança.
Devido à grande visibilidade desses atores e dos comentários da mídia, as
crianças ficam sem parâmetros para distinguir entre o certo e o errado.
Não à toa que no colégio muitas crianças escondem a atividade do pai quando este
é político.
Sabem
que ser político não é bem visto pela sociedade e, muitas vezes, com toda a
razão.
Escândalos
diários envolvem esses cidadãos, que são fartamente divulgados pela televisão,
rádios e jornais.
Não
contando as conversas que as crianças ouvem em casa.
Escrevo
este artigo ao ver pela mídia fotos de parlamentares (federais, estaduais e
municipais) ‘visitando’ obras com o seu candidato.
Sinceramente,
não imagino um futuro promissor para o nosso país, onde o princípio maior entre
os políticos é seguir a Lei de Gerson para levar vantagem em tudo que fazem.
Gabriel Novis Neves
21-08-2012
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