sábado, 4 de agosto de 2012

Partido nanico


Durante trinta anos a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Mato Grosso ofereceu quarenta vagas anuais no seu curso de graduação de médicos.
Quando atingiu o patamar de excelência nas avaliações do Ministério da Educação (MEC), esse número de vagas foi elevado para oitenta.
Agora, visando à eleição dos prefeitos em outubro, o MEC criou mais 2.500 vagas de medicina para todo o Brasil, a serem implantadas até o ano eleitoral de 2014.
Com o discurso utilizado pelos maus políticos sobre a falta de médicos no Estado, a nossa UFMT, atualmente, submissa ao MEC, abrirá sessenta vagas em Sinop e quarenta em Rondonópolis.
Todos nós sabemos que o grande problema hoje é a falta de políticas públicas de fixação do médico no interior.
Só o governo ignora essa realidade, que exige investimentos para oferecer condições de trabalho ao médico.
Desde 2008 foram aprovados para implantação na UFMT, os Cursos de Farmácia, Odontologia e Terapia Ocupacional. Todos muito necessários, especialmente, para a baixada cuiabana.
A universidade, sem autonomia e submissa, não decide pelos interesses da região, e a desmotivação dos seus docentes é alta por não conseguirem transformar em realidade os seus projetos.
Enquanto isso, a qualidade do curso de medicina de Cuiabá caiu por falta de investimentos e, mais cem vagas são criadas em uma universidade fechada por falta de recursos financeiros.
Coisas que acontecem com os partidos nanicos da base de sustentação do governo.

Gabriel Novis Neves
30-07-2012

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