Após
sucessivas campanhas desencadeadas pela mídia, escolas e sociedade civil
organizada, a nossa gente ficou mais exigente na fiscalização da poluição
visual em nossa cidade.
Até
há pouco tempo, Cuiabá era a cidade campeã mundial em faixas de publicidade,
que atravessavam, sem a menor cerimônia, as nossas ruas e avenidas.
Eram
tantas faixas, que chegavam a prejudicar os motoristas, além de enfear a nossa
judiada ex-Cidade Verde.
Os
canteiros centrais das nossas avenidas pareciam paliteiros com asas, ou
estandartes, como diziam os transeuntes, entupidos pelas publicidades, de gosto
duvidoso, e com credibilidade, na maioria das vezes, ausente.
A
cidade chamava atenção pela proliferação de outdoors. Muros residenciais,
prédios, logradouros públicos e até as poucas esculturas da cidade, foram
presas fáceis dos pichadores e pregadores de cartazes de publicidade.
Chegou
a um ponto, que a nossa gente começou a reclamar a quem de direito. Como
resultado, leis foram criadas para preservar a higiene visual da capital eterna
de Mato Grosso.
As
faixas de tecidos desapareceram, os postes dos canteiros centrais permaneceram
(!), porém desnudos. Com as obras da Copa alguns foram arrancados.
Mesmo
esburacada, imaginamos que, no futuro, a cidade ficará mais saudável
visualmente.
Entretanto,
existe em um dos pontos mais estratégicos da cidade, em pleno canteiro central,
uma enorme torre de publicidade, que parece imune à onda de despoluição visual
da cidade.
Cobrado
pelos pagadores de impostos sobre aquela exceção, um ex-secretário de Meio
Ambiente da prefeitura, disse que ‘aquilo’ era ‘imexível’!
O
Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) notificou a prefeitura,
sem sucesso.
Há
forças ocultas poderosas protegendo aquele entulho, sem nenhum valor histórico
e cultural, desafiando as leis do município e causando perplexidade ao cidadão
comum.
Aos
poderosos, tudo. Aos simples, a lei.
Gabriel
Novis Neves
31-07-2012
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