terça-feira, 7 de agosto de 2012

POLUIÇÃO VISUAL

Após sucessivas campanhas desencadeadas pela mídia, escolas e sociedade civil organizada, a nossa gente ficou mais exigente na fiscalização da poluição visual em nossa cidade.
Até há pouco tempo, Cuiabá era a cidade campeã mundial em faixas de publicidade, que atravessavam, sem a menor cerimônia, as nossas ruas e avenidas.
Eram tantas faixas, que chegavam a prejudicar os motoristas, além de enfear a nossa judiada ex-Cidade Verde.
Os canteiros centrais das nossas avenidas pareciam paliteiros com asas, ou estandartes, como diziam os transeuntes, entupidos pelas publicidades, de gosto duvidoso, e com credibilidade, na maioria das vezes, ausente.
A cidade chamava atenção pela proliferação de outdoors. Muros residenciais, prédios, logradouros públicos e até as poucas esculturas da cidade, foram presas fáceis dos pichadores e pregadores de cartazes de publicidade.
Chegou a um ponto, que a nossa gente começou a reclamar a quem de direito. Como resultado, leis foram criadas para preservar a higiene visual da capital eterna de Mato Grosso.
As faixas de tecidos desapareceram, os postes dos canteiros centrais permaneceram (!), porém desnudos. Com as obras da Copa alguns foram arrancados.
Mesmo esburacada, imaginamos que, no futuro, a cidade ficará mais saudável visualmente.
Entretanto, existe em um dos pontos mais estratégicos da cidade, em pleno canteiro central, uma enorme torre de publicidade, que parece imune à onda de despoluição visual da cidade.
Cobrado pelos pagadores de impostos sobre aquela exceção, um ex-secretário de Meio Ambiente da prefeitura, disse que ‘aquilo’ era ‘imexível’!
O Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (CREA) notificou a prefeitura, sem sucesso.
Há forças ocultas poderosas protegendo aquele entulho, sem nenhum valor histórico e cultural, desafiando as leis do município e causando perplexidade ao cidadão comum.
Aos poderosos, tudo. Aos simples, a lei.

Gabriel Novis Neves
31-07-2012

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