terça-feira, 28 de agosto de 2012

A PAZ E A UTOPIA


A obsessão pela busca da paz vem perseguindo a humanidade desde sempre.
Em todas as áreas da vida humana se almeja paz: familiar, financeira, religiosa, profissional e, principalmente, no amor.
Hoje em dia, até mesmo a contemplação do céu e das estrelas em noite de lua cheia, não é capaz de nos levar a paz interior.
Seria essa busca permanente uma utopia?
As inúmeras guerras e atrocidades que nos acompanharam através dos séculos, mostram que isso é realmente uma tarefa inglória.
Em nenhum momento da história da humanidade se conseguiu um momento de paz global.
Muito pelo contrário, a ansiedade e o medo estão presentes no nosso cotidiano cada dia com mais força, apesar dos discursos antibelicosos frequentes, mas que nunca são seguidos por uma prática coerente nesse sentido.
Nem a natureza está conseguindo manter-se em paz e harmonia. Os animais estão sempre em atitude de alerta, em constantes movimentos, em função de seus eminentes predadores, cuja cadeia faz parte da própria vida. Ou ainda, desorientados, por estarem perdendo, para o dito progresso, o seu habitat natural.
Sem falar nas mudanças telúricas, cada vez mais frequentes em função do desrespeito ao meio ambiente.
O que nos resta é buscar, de todas as maneiras possíveis, os nossos próprios momentos de paz. Buscá-la nas coisas simples da vida, através do desenvolvimento da nossa sensibilidade. Dessa forma teremos condições de ver e sentir toda a beleza que nos rodeia – apesar dos pesares.
Essa simbiose plena com a natureza não seria a resposta para a nossa busca?

 "A paz é quando o tempo não faz diferença quando passa". - Maria Schell-Austríaca (1926)


Gabriel Novis Neves
20-08-2012

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