quinta-feira, 9 de agosto de 2012

CONFIANÇA


Vivemos um momento histórico e decisivo para o futuro desta nação. O Supremo Tribunal Federal (STF) decidirá este mês se o Brasil será uma nação civilizada ou mais uma republiqueta de banana onde impera o crime e a impunidade dos gestores do governo.
A expectativa da população é enorme com relação ao julgamento dos réus do mensalão, o "mais atrevido e escandaloso caso de corrupção e desvio de dinheiro público flagrado no Brasil, diz o Procurador Geral da República".
O sentimento popular é para a punição dos réus, embora o nível de descrença para a condenação dos criminosos seja alto.
A sociedade não suporta mais esse clima de impunidade imposta para perpetuar grupos de coronéis no poder.
A corrupção, tal vírus, contaminou todos os poderes e, consequentemente, fez surgir o efeito cascata que está destruindo esta nação.
Quadrilhas de mafiosos disputam fatias do poder deixando desassistidos milhões de brasileiros.
A “Operação Faxina” do início do governo foi para inglês ver ou, como disse a minha cozinheira, trocaram seis por meia dúzia.
Continua tudo como dantes no quartel de Abrantes, quando tiraram do governo os não republicanos e deixaram a casa entregue ao mesmo partido, tudo em nome da tal da governabilidade.
É isso mesmo! Para exercer o poder no Brasil o indivíduo tem que ser conivente com os desmandos administrativos para manter a caríssima base de sustentação do governo, hoje tendo o Collor como figura da máxima expressão.
Caras pintadas, ética de um partido de trabalhadores, esperanças por um Brasil mais justo foram colocados no lixão das coisas inúteis.
A população, imobilizada pela falta de educação e miséria, a tudo observa e reprova.
O governo é totalmente incompetente para resolver os nossos problemas sociais, deixando esta nação à margem do desenvolvimento, que só existe pela mídia oficial.
Acredito que chegamos ao fundo do poço!
Falta-nos um líder capaz de nos tirar do fundo deste buraco em que fomos jogados por fortes interesses dos coronéis do poder.
Não temos em quem confiar, e as experiências que tivemos, quando terceirizamos as nossas esperanças, foram extremamente traumáticas.
Impedimentos (Collor), venda do nosso patrimônio (FHC) e mensalão (Lula), foram os traumas mais recentes - causados pelo Caçador de Marajás, pelo Professor-Doutor e pelo aposentado Metalúrgico.
Hors-concurso do atraso, o atual presidente do Senado.
Diante deste quadro a população brasileira pergunta e ninguém consegue responder: Em quem confiar, se todos são farinha do mesmo saco?
Nota-se uma falta de entusiasmo na escolha dos próximos prefeitos. Era o que de pior poderia acontecer em termos de cidadania.
Uma população em atonia cívica é presa fácil para oportunistas, demagogos, irresponsáveis e endinheirados manterem o ‘status quo’, que funciona como castigo, especialmente para as classes menos favorecidas.
Pelos ‘mensalões’ da vida, o Brasil está na UTI, segundo o economista e consultor Ricardo Amorim.
“Estamos exportando consumidores que reduzem nossas exportações e levou multinacionais europeias e americanas a repatriarem capitais.”
Com isso, diz o economista, a produção da nossa indústria até agora foi de 3.5% menos que no mesmo período do ano passado.
Diante da crise econômica mundial e da burrice implantada no país a pergunta pelos nossos males fica sem resposta.
E o julgamento no Supremo? Será que alguém do primeiro time será punido?
Em quem vamos confiar?

Gabriel Novis Neves
03-08-2012

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