Os
institutos de pesquisas nos informam sobre o elevado número de eleitores que
não se lembram em quem votou nas últimas eleições majoritárias para prefeito de
Cuiabá.
Imaginem
então se alguém se interessa em saber, pelo menos, o nome dos vices -
substitutos legais do titular.
Vice
não precisa de voto e, muitas vezes, o destino lhe reserva o melhor de uma
eleição.
Na
história recente do Brasil tivemos uma enxurrada de vices que nos foram
empurrados goela abaixo para exercer mandatos sem o necessário respaldo
popular: Sarney e Itamar, por exemplo.
Entre
nós temos vários vices governadores que assumiram por meses o comando do
Estado: Wilmar Perez de Farias, Édson Freitas, Rogério Sales e Silval Barbosa.
Na
prefeitura de Cuiabá, o atual Chico Galindo.
Esse
dado da pesquisa traduz o alto grau de desinteresse do povo pela política,
esquecendo que cabe ao político o poder de decisão sobre nossas prioridades.
A
pouca escolaridade da população brasileira, povoada de analfabetos, analfabetos
funcionais e descrentes com os nossos homens públicos, aliada ao voto
obrigatório, é uma das causas dessa frustração com a vida pública, cada vez
mais entregue aos milionários e representantes dos mesmos.
O
nosso Congresso Nacional está na linha do sinal vermelho, entupido de suplentes
sem votos.
Esse
efeito também é presenciado nas Casas Legislativas Estaduais e Municipais.
O
objetivo deste artigo é exatamente chamar a atenção da sociedade para analisar
com rigor o currículo dos candidatos aos cargos majoritários, e o de seus
vices.
O
vice de uma candidatura vitoriosa passa a ter poderes incomensuráveis. No
mínimo, ganhará uma ou duas secretarias e colocará, em pontos estratégicos da
administração, DAS da sua partilha.
Temo
pela eleição de Cuiabá e pela possibilidade de termos um vice despreparado para
o exercício da democracia.
Temo
pelos místicos e seu fanatismo.
Gabriel Novis Neves
27-07-2012
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